SOU MINHA INTELIGÊNCIA...

Somos produto de nossa inteligência. Não há como escapar de nossas faculdades delegadas pela natureza. Se fossemos “produto de diversas circunstâncias e tendências”, como assenta o comentário respeitável de “Inception” ao meu texto “A Inteligência e Eu”, que pontuei, também em comentário, seríamos uma massa amorfa.

A inteligência comanda "circunstâncias e tendências" que nos cercam e serão avaliadas e arbitradas de mérito ou demérito no curso da vida.

A inteligência é a raiz, o norte. Querendo ou não, todo o caminho percorrido, por toda a jornada nada mais somos do que ela, nossa inteligência, pois como asseverou Ghandi, “eu não tenho mensagem, minha mensagem é minha vida”. Minha vida será pautada pela inteligência que nos foi dada. Se “pelos Deuses”, expressão mítica, imaginária, hipotética, construção retórica, criacionista, ou se pela explosão inicial que gerou a vida, como quer o evolucionismo, marca fria afastada de legítimas crenças, é desimportante.

A inteligência é o vestíbulo que abre a porta do berço quando inalamos oxigênio.

Ela a tudo comandará sob os céus em que vamos viver. Ninguém toca piano magistralmente com quatro anos como gênios da música fizeram, nem “tendências e circunstâncias” nessa curta temporalidade vivida levam a essa genialidade, mas a inteligência, o dom, o talento, a vocação, somente esses recursos do ser humano.

Ninguém lê espontaneamente aos três anos por “tendência ou circunstância”, mas pela inteligência possuída, delegada pelo genôma.

Assim são os dotados “pela inteligência”. É ela, a inteligência, nosso brazão, exclusivamente ela fará sermos o que seremos, ajudados pelo que encontramos e adquirimos ou não, segundo nossa vontade, “tendências e circunstâncias”, já postas e encontradas.

A inteligência não permite limitar a visão, ao revés, por ela sabemos o que queremos e nossas potencialidades, longe do mundo da ficção que contrariamente faz supor o que não se é para chegar onde não se chega.Somos o que determinou nosso nascimento em faculdade, não há como mudar, ensina a história do homem com tranquilidade.

“Sermos nós mesmos” não significa ficarmos paralisados, pois esta é a máxima meta, sermos nós mesmos. Se pretendermos ser o que não somos, ultrapassarmos nossa própria existência e ao que viemos, seremos nada mais que nada, um mero desencontro do nosso eu com a vontade indefinida de ser outra personalidade, ficta, o imaginoso, o escorregadio caminho da busca desencontrada por negar o maior núcleo existencial, nosso eu. Ninguém é mais do que é, nem será aquilo que pensa ser.

Nunca seremos mais do que somos e somos o que determina nossa inteligência, e só ela...

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/04/2011
Reeditado em 02/01/2012
Código do texto: T2938138
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