Revolução
O Poeta melhora o Homem!
Começou alguns dias na televisão uma novela, Amor e revolução e conta a história da ultima revolução no Brasil que culminou com quarenta anos de ditadura militar, ou revolução sem a menor dose de amor e excetuando o fato de revisitar a história, nenhum outro proveito pode se tirar daí!
1964, tinha então 9 anos, andando pelas ruas de um subúrbio onde morava em Belo Horizonte, por várias vezes presenciei manobras de tanques, carros blindados das forças militares. Menino ainda via aquilo com olhos de menino, achava legal, parecia até diversão, na escola primária não se aprendia nada desses assuntos, ouvia-se isso e aquilo, mas nada que um menino pudesse entender. Mais tarde adolescente, foi então possível ter uma noção melhor do estava em andamento dentro daquela realidade que passava o processo político, aí então vivendo sobre as rédeas da ditadura dos quartéis, processo esse que ia marcar um atraso de décadas em nossa nação, mas penso eu, o pessoal de farda não sabia disso e se sabia, não achava que tivesse importância levar o país de volta a idade da pedra. E tudo isso pra atender os interesses dos EUA, nação essa que é uma espécie de câncer mundial.
Das músicas e festivais saiam protestos, suas letras sempre sugeriam alguma coisa, muita gente do meio artístico de imprensa e político teve que sair do país ou foi perseguida, outros exilados, muitos desaparecidos. Foi criada uma policia política, (Dops), que funcionou mais como grupo de extermínio que qualquer outra coisa e a pretexto de manter a ordem e coibir o que supostamente seria uma revolução de esquerda modelo do socialismo em moda no mundo naquela época.
Nos depoimentos que se vê na novela, os românticos defensores do socialismo posam com derrotados, mas pela visão de tudo que se pode apurar historicamente, derrotados fomos todos e o fracasso dos “vitoriosos” pôde ser visto ao longo de sua escalada, fracasso esse que vem exterminando com a soberba dos norte americanos que querem sempre mexer no quintal dos vizinhos deixando o seu se degradando aos poucos.
Maurício Rodrigues