Pequena reflexão sobre as pessoas

De minhas observações de leigo tento decifrar o que mais diferencia as pessoas umas das outras, sem distinção de sexo, raça crença ou grau de cultura. O convívio social e a índole, em minha opinião, é claro, dividem essa tarefa, fazendo prevalecer seus fatores de forma irregular conforme as circunstâncias. É que a índole interage com os fatores sociais modificando as ações de cada indivíduo em relação a um mesmo fato que, necessariamente, não exijam um conceito, uma prévia fórmula, de modo a deixar que pessoas parecidas tomem decisões diferentes.

É possível que devamos ebulições criativas, idéias originais e conflitos a essa malha de influências. Seria uma associação de fatores hereditários em constante troca com as experiências pessoais que dariam bilhões de cores à beleza da diversificação de concepções automáticas formadas na mente em reação aos passos dados em cada segundo da vida. Seria a impressão digital resultante de uma combinação sem que a silhueta do ser humano seja significativamente alterada. Diante de tal “pacote” de características que as tornam distintas, formamos uma idéia de com quem lidamos para escolher em nossa memória a que classe de pessoas que temos armazenado deverá pertencer aquela que miramos para avaliar segundo nosso interesse. Estamos quase inadvertidamente fazendo estas análises para criar uma imagem conhecida e então, decidir o tipo de interação que teremos com ela. Nossas decepções são apenas erros de avaliação, impossibilidade de detecção, ou falta de registro do tipo de pessoa com quem nos surpreendemos por não conhecermos certo detalhe que fizera a diferença.