Um tarde de chuva no Rio de Janeiro
Chovia e chovia muito e como sempre acontece na cidade Maravilhosa, parou tudo. Desde o trânsito até os pensamentos.
Eu num "confortável" micro-ônibus, lotado, ventilação precária, cheiro de mofo e parado. Bem, tudo isso depois de um dia de trabalho.
Se não bastasse tudo o que já relatei, reparei que nosso "transporte", entre aspas mesmo, aguardava as "coisas melhorarem" próximo a uma comunidade que constantemente é reportada nas páginas policiais. Assim, alem do cansaço, dor no corpo, respirar gás carbônico e viver a iminência de ter o "carro" inundado, já que a chuva não dava trégua, havia também o risco de sermos assaltados.
Olhei para um lado e vi uma senhora visivelmente estressada. Ao lado um garotão, cara de poucos amigos.
Decidi ligar o rádio do celular, ouvi um repórter de uma determinada emissora dizer que de acordo com o prefeito "Tudo estava sob controle".
Olhei mais vez o panorama e me senti sonhando, depois de uma feijoada.