NADA TEMOS COM A VIDA DOS OUTROS....
Esse é o princípio, nada temos com a vida dos outros, mas as pessoas insistem em criticar, comentar, e mais drástico ainda, tentar interferir na vida dos outros, o que é péssimo. Cada um viva como quiser, o que é bom para um é mau para outro.
Mas ninguém inverte de uma maneira fisosófica esta que seria uma indevida invasão, a de falar da vida dos outros, perguntando:
Por qual razão “os outros” só pensam em serem vistos, “invejados”, terem mais “isso ou aquilo” e melhor que o dos “outros”, roupas de grife, carros melhores, morar bem, etc, etc.
Essa preocupação com os outros é via de duas mãos. Se os outros não pretendessem ter “visibilidade”, tudo fazerem pensando nos “outros”, exibirem-se, ninguém estaria mergulhado nessa “panela” social que mexe para os dois lados.
Se sou comentado e falado é porque quero ser, ocorre QUE PODE SER PARA O LADO POSITIVO OU NEGATIVO, segundo princípios gerais de como deve ser a conduta mínima elogiável ou não, ou ainda segundo o “jeito” de quem me “julga”. Creio que todos concordam....julgar é competência institucional, e permeada de erros. Imagina o leigo.
Quem quer ser feio, pobre em recursos, insuficiente em inteligência, desconhecido sem nada possuir que enfeite sua personalidade, mal posicionado socialmente, ou mesmo motivo de “chacota”?
Todos buscam o belo, a riqueza, o reconhecimento, a fama, serem célebres......
Daí termos esse caldeirão sempre efervescente. A lingua freia o “cavalo” como ensina São Tiago em sua “Carta” famosa. E coloca freios em pesado corpo, dá-lhe a direção.
Chama-se cabotinismo pretender que se fale de si, atrair a atenção. Um cabotino adjetivamente é um presunçoso, vaidoso, que se comporta afetadamente e tenta atrair para si as atenções. Já substantivamente configura um cômico, comediante de categoria
inferior.
Os cabotinos se vestem com as roupagens que pensam agradar aos “outros”, e esses outros se atendem ao apelo, querem retribuição e, mais importante, não podem ser verdadeiros, pois a verdade incomoda muitas vezes, precisam acionar a vertente do encômio falso, da manifestação assentada na invectiva, mas basta agradar.
Por isso estamos em uma estrada do pêndulo da vida que se define entre o bem e o mau, entre a verdade e a mentira. Se os outros estão preocupados com nossa vida é por estarmos carentes de suas opiniões.
EM SUMA, O QUE É IMPORTANTE: A CABEÇA DOS OUTROS É LOCAL PEQUENO PARA SER PALCO DE NOSSA FELICIDADE, DA REALIZAÇÃO DE NÓS MESMOS.