Hortências no quintal do vizinho...
Inspirado em você meu "mano véio" e até uma "menagem", rsrsrsrs
Coisas que cê queria dizer e nunca disse... Pretensiosa, eu?
E no meu, espinhos...
Bruta inveja! Se eu tivesse um jardim daqueles...
Mas reles cidadã(ão)? do universo, ( só se for do verso do reverso), vergo o meu ego pela inveja que me mata.
Regateei com a sorte para ao menos existir e eis-me assim a carpir as belezas do território alheio.
Entremeio colunatas recheadas de gradil, vejo o anil do céu que recobre essa formosura robusta, florida meio aos arbustos, imponente e impoluta.
Reina soberba sobre a grama bem aparada e encanta a minha vista, cansada já, mesmo embriagada, de tanto ver desgostos, esgotos assaltando o céu e véu de hipocrisia em romaria, sucessão infinda de mandatários da sorte, destruindo nortes para a massa imberbe.
Queria ser uma abelha... Beijar bela corbelha, esvair de meu cogitar errante.
Entrar de corpo presente e deitar e rolar naquele enfeite, mundo ilha, de quem nasceu com estrelas pela noite.
E duro açoite, esse lamber com os olhos, o que se expõe à vista, mas longe fica, do poder de posse.
Tosse seca até e dou no pé, que não me deixo ser flagrada com essa boca aguada e esse olhar bucólico, fosse só alcoólico e ah, meu álibi perfeito!
Cão sarnento, meu desejo aquieto e coloco um veto, sigo às cegas, pelas vias tortas e me esfumo do meu desatino.
Não quero rumo e sequer canil.
Eu quero mesmo é minuto de fama, muda dessa rama que até dê um chá...
Escuta ô chefe, também vou puxar...
Ter o direito de mamar na teta, de ganhar gorjeta e de me esbaldar.
Cansei de ser, o chato da charada, quero a barricada do poder mandar.
E mando tudo "ao raio que o parta", que depois do parto, vivo a censurar.