Um texto triste
Um texto triste é aquele que não encontrou olhares ou, tendo-os encontrado, pouco gozou da experiência direta do contato visual. Em tempos de internet, olhares podem ser demonstrados pela estatística de leituras ou pelo número de comentários. Particularmente, creio que a tristeza de um texto se faz quando o seu autor busca apenas ser lido, sem que seja contemplado em sua verdade. É triste um texto que é feito sem a necessária atenção, como também é triste um texto que é lido como cumprimento de dever, num troca-troca de de olhares apressados. Infelizmente, com o tempo curto que podemos passar diante da tela, nem sempre podemos nos embrenhar em todas as sutilezas que um bom texto contém. A proliferação de escritos no mundo virtual faz com que minimizemos a qualidade da leitura, o que, penso eu, é a pena capital para quem escreve com amor e capricho. Mas fazer o quê? Tudo no mundo é demais! A população, a comida, a informação, o destempero, a desgraça, a propaganda da felicidade, até a solidão tem agora outra face! Tenho pensado em me recolher às letras de livros que enchem minhas prateleiras e, cobiçosos, esperam o tempo para ser lidos. Quem sabe assim, sintonizo a calma dos olhares...
Adaptação de texto publicado no BVIWtecendoletras
http://www.letrasdobviw.blogspot.com/
Um texto triste é aquele que não encontrou olhares ou, tendo-os encontrado, pouco gozou da experiência direta do contato visual. Em tempos de internet, olhares podem ser demonstrados pela estatística de leituras ou pelo número de comentários. Particularmente, creio que a tristeza de um texto se faz quando o seu autor busca apenas ser lido, sem que seja contemplado em sua verdade. É triste um texto que é feito sem a necessária atenção, como também é triste um texto que é lido como cumprimento de dever, num troca-troca de de olhares apressados. Infelizmente, com o tempo curto que podemos passar diante da tela, nem sempre podemos nos embrenhar em todas as sutilezas que um bom texto contém. A proliferação de escritos no mundo virtual faz com que minimizemos a qualidade da leitura, o que, penso eu, é a pena capital para quem escreve com amor e capricho. Mas fazer o quê? Tudo no mundo é demais! A população, a comida, a informação, o destempero, a desgraça, a propaganda da felicidade, até a solidão tem agora outra face! Tenho pensado em me recolher às letras de livros que enchem minhas prateleiras e, cobiçosos, esperam o tempo para ser lidos. Quem sabe assim, sintonizo a calma dos olhares...
Adaptação de texto publicado no BVIWtecendoletras
http://www.letrasdobviw.blogspot.com/