Cabo de guerra



Nossa vida parece um cabo de guerra. E o mais estranho é que estamos ao mesmo tempo dos dois lados.
 
Postado de um lado está o que geralmente nossa mente animal preguiçosa, vaidosa e egoísta gostaria que fossemos, do outro lado, as vezes ainda tímido, se coloca o que deveríamos ser. De um lado pulsa feroz nosso lado sentimental, do outro lado tentamos nos posicionar com nosso lado racional e crítico. De um lado nossa mente reflexiva e naturalmente reativa, do outro nossa mente deliberativa e lógica.
 
Sendo humanos travamos esta luta diariamente, cabe unicamente a cada um de nós tomar ciência de que nos cabe buscar alguma consciência e nos esforçarmos para estarmos do lado certo, do lado único que faz sentido viver uma vida que seja digna de ser chamada humana. Temos que, aos moldes do AMOR, nos empenharmos na construção diária de nossa escolha.
 
A sociedade é fria e dispersa, cabe-nos o empenho de uma luta constante pela dignidade social e humana aberta a todos. Cabe-nos expulsar as feras do abandono social e passo a passo, imprimir nosso lado humano em tudo que fizermos, assim pelo menos seremos exemplos de vida para que outros possam somar conosco na eterna busca da inclusão social para todos.
 
Jamais seremos perfeitos, é certo, mas isto não é justificativa de porque deveríamos abandonar nossa busca pela perfeição social. Ela é utópica? Sim, mas buscá-la é nosso dever, mesmo que seja mais fácil abandonar os desventurados da sorte ao ocaso de suas vidas.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 24/04/2011
Código do texto: T2928685
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