Necessitados crônicos

Sem dúvida, querida amiga Sissi; vale transporte, vale gás, vale dízimo, auxilio família e outros vales mais que não cessam a geração, acabam gerando uma nação impróspera. Não é o trabalho que produz diferenças sociais imensas. O que faz a centralização de riquezas é criação de ídolos; a geração de necessidades; o apelo quimico; o banco de "Deus" na terra; a ambição desmedida, inconsequente e muitas outras tendências humanas das quais se aproveitam uns poucos espertos, cuja riqueza maior vem inevitavelmente parar em suas mãos. São donos de ilhas particulares, castelos suntuosos, lugares no céu.

O trabalho honesto, o esforço do cientista que muitas vezes dedica a vida inteira em busca de uma descoberta benéfica à humanidade, o sacerdócio do professor, a arte do arquiteto, a edificação do engenheiro, a visão do comerciante, podem às vezes gerar prosperidade -merecida diga-se de passagem- mas, tirar-lhes

compulsoriamente uma parcela que seja do fruto do próprio esforço dispendido no estudo e na perseverança para ajudar os "mais necessitados" que junto trazem parasitariamente os aproveitadores, além de criar necessitados crônicos, gera a descrença do jovem no êxito pelo trabalho.

Rossan
Enviado por Rossan em 22/04/2011
Reeditado em 14/01/2012
Código do texto: T2924933