A Sombrinha desejada
Quando criança, nas dificuldades financeiras, morria de vontade de possuir uma sombrinha (guarda chuva feminino), pedia ao meu pai, mas ele categoricamente sempre me dizia, não. E num dos meus passeios de criança na casa de crianças mais abastadas, que por sorte não me discriminavam, sempre me acolhiam. Fui à casa de d. Carminha, que tinha duas filhas, Fátima e Julia.
A Fátima possuía uma sombrinha linda, e na minha ânsia de ter uma, peguei-a e comecei a manusear sem saber, e quebrei-a. Meu Deus, que sensação horrível, e ai, eu não podia pagar, o medo que se apoderou de mim, não foi fácil. E se ela fosse dizer a minha mãe¿ Ufa o que fazer! Sinceramente, detalhes desse episódio e o fim eu não lembro, mas que a menina dizia em tom de acusação: você quebrou a minha sombrinha e eu quero outra, foi terrível.
Então, hoje como graças a Deus as coisas não estão tão difíceis, tenho por obrigação, todo inverno acumular três sombrinha, uma velhinha, outra nova e antes de acabar a chuva compro outra e guardo, acho que é uma síndrome ou trauma de infância, será?