Sem título cabível
Está dentro do calendário; então, está certo; será que está? assim como é?
A pergunta fica aqui.
O que vejo entretanto, na Semana Santa, são shoppings repletos de pessoas atarantadas, comprando ovos de Páscoa de todos os tamanhos. Existe um que é tão caro que é vendido aqui em apenas uma loja!
E tem muitos coelhos também; grandes, pequenos, baratinhos, caros, os que se movem; coelhos sorrindo e segurando cestas com muitos ovos. O que um tem a ver com os outros, não me perguntem; não sei.
Da mesma forma que não sei a razão de tantas pessoas correrem atrás de bacalhau, bons vinhos, muita cerveja, e todo tipo de bebida para o almoço da Sexta-feira Santa.
No almoço, todos se empaturram (nem todos) de moqueca, mariscada, salada de bacalhau, pirão, vatapá, caruru, arroz, farofa, frigideira, salada, e o que mais tiver; não sem antes derramarem goela adentro muitos copos de cerveja, (com tira-gosto de torresmo!) que nem sobra espaço para um gole de vinho no almoço.
E pão, há nas mesas? em algumas; mas só para molhar no caldo do peixe.
E oração, pelo menos fazem, antes de iniciar a comilança? talvez sim. talvez não.
Os bares aproveitam o dia (alguns) para abrirem e receber muitos beberrões. E os que não querem dirigir, (por que vão beber), bebem em casa mesmo, na sala, na varanda, nos portões, nos quintais, nos passeios; durante a bebida, muitas piadas daquelas que provocam gargalhadas por que são impróprias; mas as crianças estão perto, ouvindo e devorando seus ovos de chocolate. E ouvindo; e gravando na memória novinha em folha.
O carro, já que não pode sair, fica parado na descida do portão, fundo aberto, som ligado com aquelas "músicas" que me levam até o vidro com algodão e fazer tampões para os ouvidos. Ainda bem que em alguns bares não estão mais permitindo som de carro fora do bar (mas lá dentro tem, e alto) ; coitados dos que moram perto...
Bem, (bem?) esta é a Sexta feira Santa . Responsabilidade do tempo que mudou? Não, dos homens que se esqueceram de Deus.