INOCENTES ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO

Interessante verificar que o primeiro casal do universo humano, formado por Adão e Eva, na verdade não se tratava realmente, a princípio, de um par romântico no sentido lato da palavra. Naturalmente, Eva era carne, osso e sangue da Adão, mas somente na essência jamais no âmbito sentimental. A partir do momento em que foram trazidos à luz da existência, se bem não tiveram infância nem adolescência, já vieram ao mundo na forma adulta conforme se percebe em Gênesis. Como sabemos, ele, Adão, foi criado a partir do barro na plenitude masculina, homem feito, a mulher, por seu turno, edificada da costela dele, sendo ela também uma mulher completa, já em sua forma madura. Isso me parece bastante claro no tratado bíblico divino. No entanto, embora adultos e em plena maturidade como homem e mulher e andassem completamente nus pelo Paraíso, eram absolutamente inocentes no tocante à sensualidade. Viviam juntos no cotidiano do paraíso, despidos e felizes como crianças pois ainda não havia caído de seus olhos a venda da inocência. O pecado não lograra entrar em seus corações até esse momento. Depois que comeram do fruto proibido, claro, tudo isso mudou completamente. Não antes.

Pelas informações colhidas a respeito na Bíblia é possível concluir, numa visão prima facie, embora não definitiva considerando que interpretar a palavra de Deus é algo de extrema complexidade, que o primeiro casal do universo humano, formado por Adão e Eva, na verdade não se tratava realmente, a princípio, de um par romântico no sentido lato sensu da palavra. Eles não partiram para uns amassos, no palavreado contemporâneo moderno, tão-logo se conheceram. Não houve atração física, carnal, lúbrica, mas a alegria dele pela chegada de uma criatura com as mesmas quase características humanas que ele. Naturalmente, Eva era carne, osso e sangue de Adão consoante ele mesmo afirmou ao vê-la pela primeira vez, e foi justamente isso que o contentou.

Contudo essa frase por Adão pronunciada não continha nenhum elemento conotativo de algo além de sua própria literalidade, isto é, ele se referia, na verdade, ao aspecto essencialmente humano da mulher, nunca como se os dois já fossem daquele momento em diante um casal provido de sentimentos ardentes. Ambos eram absolutamente inocentes quanto a esse aspecto, pois até então, lembremo-nos bem desse aspecto, que deve ser registrado e considerado, ainda não haviam provado do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, e consequentemente não sabiam nada a respeito do relacionamento comum a um casal. E evidentemente não sentiam os reflexos nem os desejos óbvios hoje naturais quando homem e mulher se aproximam um do outro.

A partir do momento em que foram trazidos à luz da existência no Paraíso, se bem não tiveram infância nem adolescência, já vieram ao mundo na forma adulta conforme se percebe em Gênesis. Como sabemos, Adão foi criado a partir do barro na plenitude masculina, a mulher, por seu turno, edificada da costela dele, sendo ela também uma mulher completa. Embora adultos e em plena maturidade como homem e mulher e andassem completamente nus pelo Paraíso, eram absolutamente inocentes no tocante às tentações sexuais. Depois que os dois desobedeceram a Deus e seguiram os conselhos da serpente, comendo do fruto que não deveriam nem poderiam usufruir, abriram-se-lhe os olhos e perceberam que estavam nus. E se cobriram envergonhados. A partir desse instante, então, tudo mudou, mormente após serem expulsos do Paraíso.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 22/04/2011
Reeditado em 22/04/2011
Código do texto: T2923434
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