VIOLÊNCIA, ONDE ELA ESTÁ!
Acredito que ninguém duvida de que a violência está cada vez mais inserida e praticada nos diversos meios da nossa sociedade.
Ficamos sabendo de casos absurdos através daquilo que, hoje em dia, convencionou-se chamar de “mídia”, quando não, por vezes, a observamos ao nosso próprio redor.
Quando alguém vai viajar para as cidades do Rio de Janeiro ou de São Paulo, por exemplo, é comum alguém se sair com a indefectível pergunta: “Mas você não tem medo de ir, com tanta violência que existe por lá?”
E cito Rio e São Paulo pois, via de regra, são as duas cidades que mais ocupam espaço na “mídia” quando o assunto é violência. E o que acontece? Tais cidades acabam estigmatizadas como símbolos da violência urbana que assola esse nosso mundo tão traído e tão machucado.
Mas, será que é assim mesmo?
Será que São Paulo e Rio são tão diferentes de outras capitais e cidades grandes, médias e de pequeno porte?
Enxergo essa questão da violência urbana com os olhos voltados para o que se divulga, quando se divulga e o porque se divulga. A guerra pela audiência – das nossas TVs de sinal aberto principalmente –, o sensacionalismo barato, a exploração dos sentimentos das pessoas envolvidas e, muitas vezes, até os interesses políticos e econômicos são os caminhos que levam à divulgação cada vez maior da violência. Sabe-se que, sem dúvida alguma, isso gera audiência, e muita.
O ser humano morbidamente aprecia uma tragédia, uma desgraça. Basta ver quantas pessoas se aglomeram para “presenciar” um acidente de trânsito, por menor que tenha sido. O simples fato de ver um veículo amassado, uma moto caída, estilhaços de vidro, já são suficientes para satisfazer esse espectador mórbido. Quando há sangue então, completa-se o quadro.
Quando o assunto é mais sério, como sequestros, assassinatos, assaltos cinematográficos, pedofilia, aí então o circo pega fogo e horas e horas são ocupadas pelas matérias das nossas TVs de fino trato, muitas vezes prejudicando o próprio andamento das investigações policiais. Lembro-me do sequestro de uma das filhas de Silvio Santos. Aquilo se transformou em um verdadeiro espetáculo circense, que culminou com a morte em circunstâncias misteriosas do seqüestrador.
Portanto, sem essa de criar chavões para determinadas cidades e determinados lugares, pois violência existe em todo e qualquer lugar e todos sabem disso. A própria mídia já divulgou crimes bárbaros em cidades afastadas dos grandes centros. Lembram-se do caso da família queimada dentro de um veículo numa cidade do interior de São Paulo?
Mas, o que eu desejo expressar é o seguinte: a violência está, simplesmente onde a mídia divulga. Se divulgar o Rio, é no Rio, se divulgar São Paulo, é em São Paulo, se divulgar em uma cidadezinha com cinco mil habitantes é lá que estará a violência. Ninguém está imune a isso, esteja onde estiver.
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Acredito que ninguém duvida de que a violência está cada vez mais inserida e praticada nos diversos meios da nossa sociedade.
Ficamos sabendo de casos absurdos através daquilo que, hoje em dia, convencionou-se chamar de “mídia”, quando não, por vezes, a observamos ao nosso próprio redor.
Quando alguém vai viajar para as cidades do Rio de Janeiro ou de São Paulo, por exemplo, é comum alguém se sair com a indefectível pergunta: “Mas você não tem medo de ir, com tanta violência que existe por lá?”
E cito Rio e São Paulo pois, via de regra, são as duas cidades que mais ocupam espaço na “mídia” quando o assunto é violência. E o que acontece? Tais cidades acabam estigmatizadas como símbolos da violência urbana que assola esse nosso mundo tão traído e tão machucado.
Mas, será que é assim mesmo?
Será que São Paulo e Rio são tão diferentes de outras capitais e cidades grandes, médias e de pequeno porte?
Enxergo essa questão da violência urbana com os olhos voltados para o que se divulga, quando se divulga e o porque se divulga. A guerra pela audiência – das nossas TVs de sinal aberto principalmente –, o sensacionalismo barato, a exploração dos sentimentos das pessoas envolvidas e, muitas vezes, até os interesses políticos e econômicos são os caminhos que levam à divulgação cada vez maior da violência. Sabe-se que, sem dúvida alguma, isso gera audiência, e muita.
O ser humano morbidamente aprecia uma tragédia, uma desgraça. Basta ver quantas pessoas se aglomeram para “presenciar” um acidente de trânsito, por menor que tenha sido. O simples fato de ver um veículo amassado, uma moto caída, estilhaços de vidro, já são suficientes para satisfazer esse espectador mórbido. Quando há sangue então, completa-se o quadro.
Quando o assunto é mais sério, como sequestros, assassinatos, assaltos cinematográficos, pedofilia, aí então o circo pega fogo e horas e horas são ocupadas pelas matérias das nossas TVs de fino trato, muitas vezes prejudicando o próprio andamento das investigações policiais. Lembro-me do sequestro de uma das filhas de Silvio Santos. Aquilo se transformou em um verdadeiro espetáculo circense, que culminou com a morte em circunstâncias misteriosas do seqüestrador.
Portanto, sem essa de criar chavões para determinadas cidades e determinados lugares, pois violência existe em todo e qualquer lugar e todos sabem disso. A própria mídia já divulgou crimes bárbaros em cidades afastadas dos grandes centros. Lembram-se do caso da família queimada dentro de um veículo numa cidade do interior de São Paulo?
Mas, o que eu desejo expressar é o seguinte: a violência está, simplesmente onde a mídia divulga. Se divulgar o Rio, é no Rio, se divulgar São Paulo, é em São Paulo, se divulgar em uma cidadezinha com cinco mil habitantes é lá que estará a violência. Ninguém está imune a isso, esteja onde estiver.
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