MARTÍRIO. ROSÁRIO.
Nenhuma mãe sobrevive à perda do filho com a mente pacificada. Dela ausenta-se a paz. A dor faz a estrada da sobrevida para a maternidade sobrevivente a essa violência emocional.
Nossa Senhora assistiu com resignação a este “calvário”, dor continuada, tormento. Não há melhor identificação vocabular, e existe uma razão humana para tanto, sabia que seu Filho não era seu Filho, mas Filho da humanidade, disse-lhe o Anjo da Anunciação. Testemunhou afirmativamente a posteridade na predominância de seu nome, divisor da era civilizada gregoriana; AC e DC.
Ela, também, é mãe de todos, acolhe, conforta, socorre, ajuda, auxilia. Como Auxiliadora é a Senhora das Vitórias, sinaliza a história.
Acima de tudo concentra e realiza a paz; é sua mensageira. Essa Graça, a concessão da paz, é o dom maior concedido, que todos aspiram, como na Rue de Bac em Paris prometeu entre muitas graças Nossa Senhora das Graças à Santa do Silêncio, Santa Catarina Labouré. Concede-a através das contas do rosário, mantra cristão da serenidade alcançada, que nos chega pelas Ave-Marias. E pede sempre em suas aparições, autenticadas, instrumento que É de seu Filho, a mensagem da paz para o mundo, que se galvaniza na paz pessoal de cada filho.
Pedi e sereis atendidos....
Mãos estendidas com raios concessivos de graças delegadas, persistem intercaladas de hiatos, ainda vazias de pedidos acolhidos as mãos, vazias de pedidos não pedidos. Assim se mostra a Virgem, expectante por pleitos prometidos e esperados pedir, Ela a quem devemos preitos, fundadas homenagens.
“Tudo quanto pedirdes, orando, crede que o obtereis e recebereis.”, Mc.
Do martírio de seu filho que culminou na “Paixão do Cristo”, nasce a paz do rosário, que se pede e nos envolve através de suas contas....
Nenhuma mãe deixa de abraçar e acolher o filho, o abriga na paz que afasta a aflição. Essa paz transmitida por sua resignação, Ela nos doa pelo rosário, a mesma paz que lhe deu forças para assistir sem desespero o maior dos martírios, o suplício de seu Filho, como descrito pelo cirurgião Dr. Barbet, cujo parecer surpreendente do suplício transcrevi em crônica.
Estejamos seguros de que não estamos sós, mas temos ao nosso lado a mãe de quem amou a humanidade desmedidamente e de forma única, e que também, como nossa Mãe, nos concede a paz Daquele que trouxe ao mundo para ensiná-la pelo amor e respeito ao próximo, e o faz pelo rosário.
Quanto mais se reteza a corda do arco, mais longe se atira a seta.
Que nossa fé seja como o arco retezado e o rosário a seta que alcança a visão da Virgem na realização da paz.