O vídeo de um milhão de...
“Este vídeo ultrapassou o número de um milhão de visualizações”. Todas as mulheres do mundo perguntariam imediatamente: o que o dono do vídeo ganhou com isto? Nada. Fama? O que é a fama sem um resultado financeiro positivo? Nada. O mesmo para esta crônica se caso fosse ligadas ao interesses das multidões.
Nada mais infantil essa ideia de fama. Idolatria ridícula em que mergulhamos nossos dias de modernidade.Normalmente estes vídeos concentram informações sem a menor profundidade. Podem na maior parte das vezes receber o enquadramento clásico de tolice. Vanidade acessada por milhões.
Nunca compreenderei a ligação entre Ministério da Cultura, computador, internet, blog, essas coisas fragmentadas que resultaram na definição comum: cultura de massa e comércio. Só estranho que a gratuidade tenha afetada milhões em nome do melhor rendimento de alguns pouquíssimos sortudos. Os demais engolem a questão como ação de usuário. Pobres animadores virtuais, animadores de máquina com pose de intercomunicação.
Junte-se a isto o amor físico que nunca foi tão revelador da humanidade como ela é como nesse mecanismo; talvez porque o amor físico revele para si a primeira das artes humanas. Por outro lado nunca o homem se chocou nas ações do prazer e da procriação quanto agora. A internet em si é um estado onde podemos ver todos os estados. Todos os estágios humanos e está cada vez ganhando maior força para se tornar um estado próprio globalmente robotizado.
Chegará um dia em que todos os vídeos serão visualizados por milhões de pessoas e só então terá passado a ideia de glória que impele o “um” a ser venerado por “milhões”. Fator ilusório que impede a equanimidade de ser refletida racionalmente entre a consciência coletiva. Assim a internet como estado próprio de liberdade vai carregando para dentro da programação o mesmo estado esbulhador da individualidade.