O dono do mundo

O dono do mundo

Quem seria?

Sempre tive a curiosidade infantil de saber quem, de fato, é o dono do mundo? O presidente dos EUA? Teria sido Napoleão? Hitler tentou... Mas tudo isso é poder, mandar, ditar ordens, ser um capataz da fazenda, não o verdadeiro dono. Depois fui me acostumando com a feliz idéia que ainda não há um proprietário para o nosso magnífico planeta! O leitor deve estar pensando em desistir e partir para outra ação, menos ficar lendo essa idiotice aqui... Calma, vamos começar pela teoria. O que é ser dono do mundo? Ter poder político? Comprar infindáveis terras? Matar gente? Ou ser suficientemente rico e sair por aí podendo adquirir o que quiser? Qual a tua definição?

Vou na minha: conhecer! Claro, antes de comprar você deve conhecer a posse, escolher o patrimônio, não é verdade? Então, simplificando essa filosofia de botequim, vamos para a parte prática do negócio: escolher o produto! Se gostar leva, certo?

Amigos é simples, o futuro dono do mundo está por aí vagando, de chinelos e bermudão no Caribe, todo agasalhado na Antártida, ou perdido em algum deserto. Esse é o homem certo! Procurando tesouros no mundo, vendo céus de diferentes tonalidades, mergulhando em águas frias e quentes, florestas adentro, montanhas a cima, um observador criterioso. Um dia ele vai fechar negócio, uma ilha aqui, uma fazenda lá no Pantanal, um castelo na França e um bar em Praga. Neste dia ele pode encontrar amigos como ele, homens que desejam ter o mundo e estão por aí soltos, na pesquisa louca de seu mais impossível desejo e dizer “Sou o dono do Mundo!!!” Já encontrei figuras assim, curiosas, contadores de aventuras, bons de copo e conversa, nos botequins espalhados desse mundão de Deus. Essa é a graça do poeta, do sonhador, do aventureiro, ser dono do mundo. Missão árdua, dura, nada que um bom papo regado à cerveja não aplaque e o conforte.

Aqui vai a minha homenagem aos futuros proprietários desse sonho maior, vá conhecer o mundo! Sentir-se dono dele! Acreditar nessa fantasia maravilhosa, provar um pouco de cada cantinho, cada esquina de Amsterdam. Viajantes, mochilas nas costas sigam desbravando terras, vendo culturas e gentes de todo qualidade, memorizem, viajem com o coração, e retornem para a tua velhice cheio de estórias e medalhas. Isso é teu tesouro maior: teu passado de memórias, tua bagagem de souvenir, para teus filhos e netos.

E, caro amigo, finalmente um dia poder inflar o peito dizer: Eu fui o dono do Mundo!!!!!!

Roberto Solano

Roberto Solano
Enviado por Roberto Solano em 21/04/2011
Código do texto: T2921823