BRINCANDO COM ALGUMAS PALAVRAS DE A-Z
Brincar com a gramática é uma tarefa árdua e complexa, quando, sobretudo, falamos da normatização que limita as fronteiras oficiais, que delimitam a língua culta. Graças ao bom Deus que a nossa língua falada, aquela que aprendemos no colo da nossa mãe,ainda quando infantes, é infinita no ponto de vista da eterna criatividade que possibilita o surgimento de novos termos, principalmente nos nossos diversos seguimentos regionais por todo o Brasil gigante, sem fronteiras culturais, fazendo com que a nossa literatura lingüística seja tão prodigiosamente rica em todas as vertentes de múltiplas diversidades além das fronteiras. O nosso dicionário é fartamente rico de milhares de palavras,de verbetes, e uma quantidade infinita de significados, um para cada região ou regiões diferentes, ou até para cada momento ou momentos diferentes e, em razão disto, podemos brincar e jogar com os diversos termos e significados, adentrando na vastidão da nossa literatura falada e escrita.
Hoje resolvi brincar com algumas palavras terminadas com “ICO” sem nenhuma denotação com o sufixo ico, apenas escolhidas, coincidentemente a dedo no dicionário para a montagem desta crônica. É claro que algumas metáforas poderão ser encontradas no texto; as funções: referencial, metalinguagem, emotiva, poética e conativa, poderão ser encontradas.
- Não sou ” mnemônico” e nem” acadêmico”.Escrevo um texto apenas “ módico” sem nenhuma correção gramatical, sem nenhuma ideia que possa tornar a leitura proveitosa e aproveitosa e estou ciente de que o maior “crítico” ao ler o meu texto, com certeza dirá: Este cronista é “aistórico” e “aristórico”;” crônico”, “anacrônico”,jurássico” e “paranóico”; não tem a noção do conhecimento “lingüístico” e nem “retórico”; e passa muito longe longe do "poético",“lírico” e "romântico"
Sei que eu sou um ser como a maioria de todos os seres da terra. Um ser eminente”aeróbico”,mesmo sendo sedentário contemplo a imensidão do cosmos, refletida na linha tênue, entre o ”aerodinâmico e, o “aerostático”; entre o “halogênico” e o” acético”, mensurando que é “benéfico” ou “maléfico” na vastidão deste universo “biótico”, onde o “diagnóstico” poderá determinar um resultado “verídico” mas não”telúrico” , distante do “paleozóico” que dá o tom “caótico” e “cabalístico” do planeta Terra,dando o toque “cadavérico” em toda a sua paisagem do norte ao sul.
Existe no contexto um grupo de falsos profetas.Profetas que fazem flutuar as suas idéias que partem de duas extremidades diferentes onde na primeira, prevalece o conceito “bestialógico” e na outra, o preceito “diabólico”
O grupo “agnóstico” é aquele que mergulha no “fantástico” mundo “clássico” das ciências, para negar a existência do Divino, utilizando-se da seguinte máxima: As ciências são a verdadeira razão para a existência do cosmos, e , que , qualquer conceito, que determine a criação do universo via divindade, é apenas um pensamento” quimérico” e “idílico”. Todavia, existem grupos muito maiores formados pelo :”teológico” , pelo “eclesiástico”, pelo “eclético” e pelo”ecumênico” que buscam o desvendamento entre o “hermético,”sistemático” e “elíptico” conhecimento do casulo desconhecido que envolve a criação do universo e o seu criador Divino,mesmo que isto venha a deflagrar conflitos nos campos,”filosófico” ,“teológico”,”científico” e “hemático”.
Já faz muito tempo que o termo “heliocêntrico” deixou de ter validade e a humanidade, religiosa, agnóstica,científica e ateia,desde então ,está sempre buscando o “óptico” das suas verdades e, pelo ponto de vista de cada um, o cruzamento de idéias parece “idêntico” na procura do desconhecido onde o “famélico” anseio pelas respostas, deixa todos atônitos para achar o verdadeiro caminho da verdade.
Conheci um filósofo “Adriático” que se alimentava de peixes e “de agárico. Certa vez ele me disse que o ser inculto e ignorante é naturalmente ético; E na proporção em que vai adquirindo conhecimento, mais cresce a possibilidade de vir a se tornar um ser “aético”. Será que o sujeito quanto mais culto mais está propenso a não ter ética?Há controvérsia! Ele discorreu também sobre o “narcótico” denotativo e conotativo, explicando que o uso dele no seu início” é “alergênico” e, com relação à dor, o seu efeito é”anético” e é “anético” também com relação à moral, mas, que na condução deste processo continuado na prática diária,o seu final poderá ser “trágico” e irreversível.
Não sou “músico”e nem “babilônico”! Não sou “analítico e nem ”analógico”! Não sou alopécico” e nem obeso!Não sou “ talassofóbico” e nem “ haliêutico” ! Não conheço o “gaélico”, mas falo a minha língua pátria! No fundo o que eu mais gostaria é de ser aquele gande
espelho de formato “diédrico” e com cristal “dicróico ”para refletir o arco Iris do céu e transformar este texto sem pé e nem cabeça em um texto “litográfico”
É o que há.
LUXFÉ