OS TELESPECTADORES E O CASAMENTO
OS TELESPECTADORES E O CASAMENTO
Nos parágrafos abaixo faremos algumas considerações de cunho piegas/realista e crítico/chauvinista, sobre o efeito colateral entre ver novela, conversar pelo MSN, ouvir música de bandas de axé, funk, pagode, rock, samba ou duplas sertanejas; e conservar um casamento.
Como em todo movimento social revolucionário, há possibilidade de resistência por parte das cabeças vazias. As mentes dedicadas às atividades mais fúteis da sociedade, como o Normalysson, com sua leitura de blogs, conversas pelo MSN e assistente de telenovelas, é um exemplo clássico.
Os caros telespectadores, “ELE” em especial, no conforto da sua sala com ar condicionado, absorve os ensinamentos das pornonovelas, ao ponto de ficar deprimido, se o personagem está deprimido. Faz malhação, toma anabolizantes, se depila; tudo para se assemelhar ao papel que o galã faz diante das câmeras.
Hoje é dia de azar. No planalto central falta energia elétrica.
Sorte ou azar é o mesmo na política ou casamento.
Numa discussão política sem sentido especialmente aquelas que levam ao uso da violência justificável, há o risco do apego exagerado ao dinheiro; onde o indivíduo justifica o capitalismo com a economia de mercado; o divórcio é tido como flexibilização do imperialismo; a viuvez inegavelmente é despedir sem indenização; infidelidade conjugal se explica pela globalização; se avançarmos na erudição, com uma boa dose de inspiração teremos um prodígio de chateação, o famigerado casamento.
- Que fudeção!
E se na televisão a atriz menos bonita confessa:
- Eu sou lésbica!
Pode esperar com certeza, toda mulher não bonita vai se incorporar do personagem; e, assumirá uma postura de não homem nem mulher.
O telespectador assíduo não se deixa influenciar pelo som, ele quer imagem, o rádio de pilha só serve como arma de ataque numa discussão de mais proveito: no casamento.
Na música inconveniente e sem sentido também vigora uma boa dose de cabeças vazias e fúteis. As quais casam e descasam na mesma proporção da produção das referidas músicas.
Africano e/ou americano e/ou asiático e/ou europeu seguem os preceitos acima citados; já os gorobixabenses ainda se acasalam conforme o homem do neolítico.
(dezembro/2010)