PLÁGIO DOS TEXTOS DO RECANTO DAS LETRAS
Qualquer pessoa que saiba unir as letras para formar uma palavra consegue formar frases; qualquer pessoa que saiba posicionar as frases de modo que dê sentido a uma explicação, seja ela poética ou absorta, consegue elaborar um texto. É fato que muitos nascem para isso; por isso que temos os imortais acadêmicos e livrarias com milhares de títulos; um deles com certeza agradarão a você ou a mim; outros não!
Este é o universo sensacional das letras que gera paixões e ilusões em tantos e desprezo de muitos!
O Recanto das Letras é um espaço de reúne milhares destes autores anônimos ou famosos; pessoas que tem por prazer publicar textos não importando se eles estão num livro caro e raro ou se estão num recanto qualquer da internet. Este metabolismo amador e acadêmico também tem seu peso no mundo das letras e das palavras, porque nós, os autores virtuais; não somos “sem coração”; gostamos também das críticas e dos elogios; gostamos de ver os números girando em torno de nossa audiência pública; enfim, gostamos de sermos autores, da mesma forma que os autores presenciais que publicam livros, queremos também ter nossos leitores e nosso reconhecimento público.
Acontece que ultimamente as pessoas deram para copiar nossos textos e republicarem com outros títulos para dificultar que os encontremos nesta vastidão universal de bilhões de letras e milhões de títulos diferentes. Pessoas que não querem parar um segundo da vida ociosa para exercitar a mente e escrever; elas acham que o texto pronto poderá lhe oferecer a glória da leitura alheia. Por certo pontos de vista deveriam, nós os autores virtuais, ficarmos lisonjeados com a escolha de nossos textos, mas por outra ótica, somos prejudicados, porque o fruto de nossa inteligência está sendo copiado e publicado escancaradamente com a grafia de outros autores.
Eu raramente troco mais informações com outras pessoas do RL, mas a carioca Márcia Alencar, autora das mais compenetradas daquele espaço, é uma exceção prazerosa, porque de quando em vez falamos ao telefone e brindamos o melhor da vida, que é fazer amigos. Ontem Márcia se queixou de que seus textos foram copiados e estavam sendo publicados abertamente com outra autoria e sob outros rótulos; uma vergonha generalizada praticada por alguém, no mínimo sem escrúpulos!
Esta pessoa poderia copiar o texto da Márcia, como de qualquer outro autor, e fazer uma espécie de comentário, colocando seu nome na autoria do comentário; ou ainda republicar com o verdadeiro nome da autora e dando seu parecer de excepcionalidade dos textos; mas não é assim que eles gostam de fazer; apanham o texto pronto, copiam e colam numa outra página afirmando ser seu!
Quando eu comecei a escrever textos polêmicos e ácidos, muitas vezes com a inserção de palavrões e vocábulos populares, muitas vezes gírias; várias pessoas me enviaram e-mails elogiando e informando que meus textos são uma mistura de Arnaldo Jabor com João Ubaldo Ribeiro; eu adoro os comentários de Jabor e degusto quase todos os textos de João Ubaldo Ribeiro, mas depois disso, passei a me policiar para que eu não ficasse tão parecido, porque eu não sou famoso e pessoas poderiam pensar que os meus textos são centrifugados pelos dos famosos autores.
Todo autor precisa sim ter seus ídolos, mas há a necessidade também de sua marca registrada, do seu próprio traço literário, talvez seja por isso e por aprender a cada dia que passa, que hoje chego aqui a quase 1 milhão de leitores; na verdade se eu computar os meus textos como Carlos Henrique e outros que uso um pseudônimo, já são quase 2 milhões de acessos. Com certeza haverá muitos dos textos que publiquei que esteja rotulado como sendo de outra pessoa; não reclamarei até enxergá-los!
É maravilhoso quando somos lembrados! A sensação de vermos um texto nosso publicado em outros sítios da arqueologia literária é simplesmente indescritível. Eu poderia citar tantos que já vi; mas, certo dia; notei numa página da Universidade Federal do Rio Grande do Sul com uma tese de mestrado que citava meu nome; fui ver e lá estava publicada uma dissertação de mestrado na área de medicina; esmiucei o conteúdo e no exórdio do documento havia uma frase minha: “O mais triste do envelhecimento é perder o poder do pensamento, pois na essência de um bom pensamento pode estar à fórmula para nos sentir eternamente jovens”!
Foi um dos dias mais alegres de minha vida literária e isso é honestidade, porque aquela médica poderia publicar a mesma frase sem citar o autor, mas atendeu aos princípios da ética de da justiça!
O sentido de minha frase publicada na dissertação é o que ofereço agora a todos aqueles que copiam textos e republicam com seus nomes; vocês “é a velhice” do mundo, porque sequer conseguem externar algo que acreditam ou sabem; já perderam o poder do pensamento ou sequer um dia o tiveram; já nós, os autores sem fama; sejam os que têm 2 leitores ou aqueles que tem 2 milhões, somos um projeto de jovialidade, porque pensamos, escrevemos e publicamos; façam o mesmo e sintam algo que somente nós sentimos: - Prazer!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
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