T E M P O
Mesmo não existindo o tempo, ele é maravilhoso, é incrível! Basta estar vivo para senti-lo, ou morrer.
Mesmo não acreditando, foi ele quem me trouxe até aqui, este presente.
Agora, vivo "como se não houvesse amanhã".
Intercalando crenças e canções, eu lhe disse para amenizar o clima, que o sol é o meu patrimônio e a chuva é o meu cobertor e que eu sou esta humanidade e aquela, que nunca conhecerei.
Relativo, eu, estaciono meus pensamentos neste exato período, entre o jurássico e o que imagino do futuro, prestes a presenciar uma nova grande explosão, um banquete estelar.
Instado a palestrar sobre este fenômeno, resolvi resumir, resolvi compilar esta estória, para resguardar os céticos, eles que sempre se rebelaram contra o sistema, meu (nosso) lar, só-lar, só-mente, imaginação.
Está comprovado, o cérebro não funciona bem sob este bombardeio de corpos celestes, bem presentes, tão distantes.
Diante deste espetáculo, tive que me recolher, pois eles pensam que apenas sonho, que apenas respiro.
Assim, flutuo infinita e perpendicularmente aos observadores, aos observatórios, vigiado por gigantescos telescópios.
Sem tempo para fugir, enfrento o caos, busco inspiração no momento único: a criação.