BULLYING
O país chocou-se com a notícia sangrenta e de extrema infelicidade que aconteceu no Realengo no Rio de Janeiro. Um infeliz, empunhando armas de fogo, entra em uma escola e entre diversos disparos abrevia vidas, sonhos, alegrias, experiências diversas de vários jovens de forma cruel e assustadora.
A sociedade se volta com compreensiva revolta contra o protagonista da inaceitável ação. No decorrer da apresentação exaustiva por parte da imprensa durante os dias que sucederam o ocorrido, percebemos no perfil do assassino alguém rejeitado pelos colegas daquela mesma escola onde ele havia estudado em outra época. Em voga o “bullying”. Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva.
Nada justifica a atitude do rapaz que sucumbiu morto no episódio. No entanto nos colocamos a pensar e buscar onde se aloja o crime na mente de um indivíduo e na sociedade. O crime reside onde se vetam o direito de cada um ao essencial para se levar uma vida digna.
O assassino cometeu vários crimes inaceitáveis. Os colegas dele de outrora também os cometeram de igual monta. Está sendo relatado de boca em boca que ele chegou a ser jogado em lata de lixo e até mesmo a ter sua cabeça colocada em um vaso sanitário sob pressão de descarga. Vale lembrar aqui, que em se tratando de alguém doente, como foi o compreendido juntando as peças do quebra-cabeça entregue pela imprensa, as autoridades governamentais também se incriminam todos os dias negligenciando devida assistência.
Não estamos aqui para julgar. Nossa intenção com estas linhas flutuantes é convidar o leitor para uma reflexão sincera e profunda. Por quem lutamos? Contra quem? Qual verdadeira objetivo nós sustentamos na nossa existência?
Hoje, com louvável valor, vemos por todos os lados intentos em recuperar o planeta em que navegamos neste infinito universo. Mas onde está a solução? Isto nos faz lembrar algo que lemos uma vez e não recordamos onde foi. “Quando vamos parar de tentar deixar um planeta melhor para nossas crianças e vamos começar a deixar crianças melhores para nosso planeta?”
Às vítimas e seus familiares, nossos pesares. Que encontrem forças para seguir vivendo e lutando pela felicidade. A todos que tem nas mãos a oportunidade e a responsabilidade de construir uma personalidade, nossa expectativa e rogativa de esforço no bem.