CHAMÃ...SER UM DELES, ALCANÇAR A UNIDADE.

Todos temos uma única cidadania quando voltados para o futuro, o esquecimento. Comandam nossas vidas o passado e o futuro, eles fazem o presente. Somente um Chamã pode ultrapassar essas barreiras do tempo e fazer do passado que foi de dor, meio de receber paz e paciência e saber qual destino o futuro reserva. Essa pátria dos esquecidos é identidade de todos nós antes mesmo de termos nascido. É condição e ação, meio e fim, inicio e término.

Quantos inocentemente sonham em não serem esquecidos, fugirem dessa cidadania de todos, serem festa e fama, celebridades, não esquecidos; cegueira plena, inconsciência absoluta.

Faltam condições de conscientização, esquecem de lembrar que não serão lembrados e que o presente é ilusório, criação de nós mesmos quando se vai além do que se pode ir ou se quer ser algo quando nada somos, nada mais que esquecimento. Muitos por falta de amor já adquirem em vida essa cidadania. E por essa causa pessoal e inocente, esticam tensamente um fio frágil de vontade, a de ser lembrado quando o tempo passar. Vontade.....ilusão despercebida.

Quantos que muito foram em dias que eram presente, habitam a morada do esquecimento, a pátria dos sem pátria, da imemorialidade, imensa planície habitada por toda a matéria que pensava, pensou, com exceções de pontuações mínimas, AS LEMBRADAS, grãos de areia contados na lembrança da infinita praia da deslembrança, daqueles que formaram a corrente do bem, pouquíssimos....pensando a bondade.

Somente um Chamã, uma espécie de sacerdote, conselheiro e adivinho, tem sensibilidade para ascender sobre o que seja ser esquecido e do fato extrair ensinamento, ultrapassar o abismo entre a vida e a morte. Encontrar o ser necessário....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/04/2011
Reeditado em 12/04/2011
Código do texto: T2904900
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