Árvores
As árvores são sagradas...as árvores são sagradas...as árvores são sagradas!...
É preciso repetir desesperadamente este clamor...
Dizia o poeta mexicano, José Juan Tablada
É preciso fazer mais; é preciso compensar os desmatamentos
cometidos...plantando novas árvores.
É preciso fazer muito mais...é preciso educar às pessoas para o amor às árvores.
Ao mesmo tempo que plantemos árvores, é preciso semear nos rústicos espíritos a semente do Salvador evangélico que preconiza a bondade da árvore, o culto a esses passivos e benfeitores organismos, mil vezes mais úteis e necessários que todos os indivíduos do reino animal.
Efetivamente, sem árvore e sem plantas, nem os animais que se associam ao trabalho humano e cujo despojos utiliza o homem, poderíam viver.
O ser humano pode substituir os elementos de sua alimentação animal com produtos vegetais, ganhando com a troca, física e moralmente.
Ainda pode substituir a energia animal que utiliza, pela força de motores e máquinas; mas jamais, em nenhum dos casos, poderia o homem prescindir dás árvores e das plantas.
Árvores produzem frutos, combustíveis, material de construção, resinas, tintas, substâncias medicinais...
Muitas vezes a árvore é uma grande parte da riqueza de um país...como a amoreira na china e o bambu no Japão; toda a riqueza de um país, como a palmeira num deserto...pau brasil...
Ainda que nenhuma dessas excelentes virtudes tivesse a árvore, ainda assim a árvore seria santa.
Meditemos que, enquanto todos os seres organizados da criação, concorrem com seus produtos fisiológicos a gerar miasmas que infectam o ambiente e são um ativo veneno para a vida animal, para a humana especialmente, a árvore e a planta, pelo contrário, tem na sua fisiologia mesma uma missão essencialmente purificadora, e ao absorver o alimento impuro do homem lhe devolvem exatamente no ar respirável o que para sanea-lo tem absorvido e transmutado em seu maravilhoso alambique.
A árvore, além disso, não satisfeita com essa missão vital e purificadora, segue procurando com seus benefícios influxos para o bem-estar do homem.
É quem tempera os climas e regula o lento vôo das nuvens, sobre nossas cabeças, e o apressado curso dos rios, em nossos pés.
É quem divide o curso dos riachos, dispersando em múltiplas e suaves correntes o caudaloso ameaçador dos rios, consolidando a orla, construindo diques subterrâneos, livrando os povoados das inundações.
É quem atrai as nuven, e as dissemina, e as desfaz em chuvas benéficas, evitando assim as fúrias concentradas das trombas d'água.
É preciso educar as populações no amor à árvore.
É um assunto de vital importância, pois a árvore, além da beleza estética, fonte de saúde, árbitro da meteorologia, riqueza agrícola, garantia de desenvolvimento industrial, é, finalmente, e além de tudo, o venerável e silencioso sacerdote de quem depende o bem-estar humano.