PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS ROSAS DE REALENGO.

Era apenas mais uma manhã de abril quando os matutinos jornalísticos corriam pra divulgar a última notícia, o furo de reportagem, a capa do jornal, o flagrante, a imagem que ninguém havia visto.

Após todo o corre corre, rostos ao vento, lágrimas misturadas ao sentimento vermelho que escorria pelo chão.

Não mais que de repente,parem todos, surge nosso impávido governante da dor a decifrar aquele cenário...eis aí um psicopata e animal!

As Rosas nem se quer tinham brotado direito e foram despetaladas e arrancadas dos vasos da vida.

O cravo que as feriu, também foi ferido por tudo que lhe fora imposto.

Agora basta votar uma lei para controlar o uso de armas e delegar aos psicólogos de plantão durante 6 meses para aliviar a dor dos que aqui ficaram.

No dia seguinte, numa escola de evangelização num bairro do subúrbio uma menina desabafa:

-Tia, falei pro meu pai que um menino lá na sala de aula me bateu.

Atenta, a evangelizadora pergunta: O que o seu pai lhe falou?

- Ele me disse pra amanhã eu quebrar a cadeira na cabeça dele, responde a menina resoluta.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)

12/04/2011

Petrus
Enviado por Petrus em 12/04/2011
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