Crack é problema nosso!
Torna-se mais comum do que nunca encontrarmos famílias dizimadas pelo caos provocado através do consumo de drogas ilícitas. Incomoda-me reconhecer que o crack é um problema social e como tal, eu você, aquele político, todos somos responsáveis. Mas qual é minha contribuição para o alarmado aumento do uso dessa droga impensavelmente poderosa?
O garoto cheira cola na rua. Isso me apavora porque tira-me da zona de conforto e culpar os governantes torna-se frívolo demais, pois há a certeza de que é um discurso a se perder no ar. Todavia, o que pode ser feito? São necessárias políticas de prevenção, de tratamento e principalmente repressão ao tráfico.
Organizar pontos de partida, priorizar situações mais graves é o primeiro passo, mas não muda a realidade de um dependente de entorpecente tampouco desencoraja um só traficante. Torna-se viável, então, que busquemos ajuda, que cobremos (ou melhor) exijamos de nossas autoridades uma polícia inteligente e ativa para neutralizar a difusão das drogas. Creio que esses gestos iniciam uma inquietação social e isso pode resultar em melhoras.
Entretanto se continuarmos omissos, negligenciando impostos, já que assim configura uma das maneiras de impulsionarmos o crime organizado e a entrada de armas contrabandeadas, o crack continuará se alastrando e, ao mesmo tempo, devastando milhões de jovens por desestruturar mais ainda a decadente instituição “família”.
É óbvio então que o crack é problema nosso sim, porém isoladamente temos irrisórias chances de obter um resultado positivo. Deparamo-nos, dessa forma, com uma questão transparente, isto é, por menos instrução que o indivíduo tenha, percebo que é fácil entender a complexidade que envolve o uso de drogas.
Difícil é se organizar, falar a mesma língua, defender os mesmos ideais: acabar com as diversas drogas, em especial, o crack. Porque enquanto uns desejam ardentemente aniquilar essa droga, outros têm interesse ardente de mantê-la e difundi-la ainda mais.
Precisamos de decisão e ação.
A omissão também é problema nosso.