VIOLÊNCIA NAS GRANDES CIDADES

Quando se fala a palavra TROMBADINHA, o que se passa na mente de qualquer pessoa que a ouve? Obviamente, já pensa logo na figura suspeita de vários pivetes perambulando, sem destino certo, pelo centro de uma grande cidade e até mesmo na sua periferia. Agindo sempre em grupo ou em dupla. Dificilmente sozinho.

Desde pequeno, dependendo do ambiente em que vive, já aprende o caminho perigoso da violência, da malandragem. E à proporção que o tempo vai passando, crescem as suas atitudes fora da lei, tendo sempre a violência como apanágio. Sendo assim, ratifica o que diz o provérbio; "O pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto!".

Por outro lado, quando convive com uma família educada e de uma hora pra outra muda o seu comportamente, desde o modo de falar ou de vestir, enfim, de se comportar, todo o cuidado é pouco, deve estar se envolvendo com más companhias. É num momento assim que os pais e superiores têm que cortar logo o mal pela raiz, orientando-o, proibindo-o e até aplicando alguns castigos e punições psicológicas com a devida coerência e precaução.

Mesmo sabendo que, muitas vezes, nada disso resolve, o que se percebe então é o aumento de menores infratores, praticando algum tipo de delito e quando presos em flagrante são recolhidos ao devido local reservado para isso. A partir desse momento, juntando-se aos demais pequenos meliantes e a partir daí só Deus mesmo saberá o que os aguardará atrás daqueles muros altos, mesmo assim em alguns casos, nem tanto intransponíveis.

De uma coisa podemos ter certeza, o Estado e a Prefeitura de qualquer megalópole podem até levantar a bandeira da educação, entretenimento, mudança de caráter, comportamento, mas quase tudo isso fica muito mais na teoria. Pois o que se percebe, infelizmente, é que o mínimo que um menor infrator aprende com a convivência com outros detidos pelo mesmo motivo ou algo pior, não é nada de útil, de bom. Salvo algumas pequenas exceções. Pois a maioria só aprende mesmo o que não presta, servindo-se de maus exemplos relacionados a roubos e violência.

O que é lamentável é que esse tipo de desajuste social, envolvendo menores, não importa o sexo, não se resume só nas grandes cidades. Nas pequenas também, amiúde, surgem casos de infrações cometidas por menores de 18 anos, só que de maneira mais esporádica, mas sempre inaceitável.

O autor dessa linhas escreve isso, à posteriori, pois quando tinha apenas 8 anos e vendia cocadas andando na rua da sua pequena cidade, certo dia, um moleque maior e mais forte, literalmente, deu-lhe uma trombada, derrubando alguns doces, em seguida, após apoderar-se de alguns, saiu correndo. Quem presenciou tal cena inusitada para aquela cidade tão pacata, ficou apenas boquiaberto e sem poder fazer nada. Agora imagina um elemento desse morando numa cidade grande e andando na companhia de outros comparsas, o que iria fazer? A mesma coisa. Só que o seu destino, mais cedo ou mais tarde, seria outro bem diferente e indesejável. Pois como diz o ditado: "Quem faz aqui, aqui paga!"

joão Bosco de Andrade Araújo

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 10/04/2011
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