Lei de Talião?
Em bom estilo Carla Grazielle: como assim Lei de Talião? Agora o Brasil resolveu reinventar a Idade Média? Já que não tivemos Idade Média registrada pela História, vamos regredir pessoal? É isso? Só pode ser! Depois da notícia que eu li hoje, fiquei imaginando um Neo Coliseu, com onças pintadas (já que aqui não tem leões), comendo os criminosos e, quiçá, os familiares todos! Coisa mais insana! Ah, os senhores não sabem do que eu estou falando? Tudo bem, eu explico:
Os familiares do “Maníaco Esquizofrênico Atirador de Realengo” estão sofrendo ameaças de retaliação por parte da população. Dos cinco irmãos do atirador, dois moram no Rio de Janeiro, sendo que um em Realengo. E ele foi afastado da empresa onde trabalha, pois sofreu ameaças por parte até dos colegas de trabalho. Os netos dele, que estudam na escola alvo da tragédia, não podem ir às aulas, pois estão sendo vítimas de bulling. Até os três irmãos que residem em Brasília foram ameaçados. O cunhado, que é professor, foi afastado das aulas por medo da tal retaliação.
Gente! Os sobrinhos do maníaco atirador são tão inocentes quanto àquelas crianças que foram brutalmente assassinadas! Por favor! Isso não é justiça! Quem deveria pagar pelos crimes já está morto! Caso encerrado! Agora a sociedade vai fazer com esses inocentes o que já fez com o tal maníaco? Eu sei que nada, bulling nenhum, justifica a atrocidade que ele cometeu, mas quem sabe se ele nunca tivesse sido discriminado dentro daquela escola, nada disso teria acontecido? Quem sabe se a sociedade, ao invés de excluir as diferenças de suas vidas, aprenderem que a inclusão é o melhor remédio, nada disso teria acontecido? O cara já era maluco, tinha problemas de relacionamento e, ainda por cima sofreu discriminação escancarada na escola por suas esquisitices. Poxa, ninguém é esquisito por que quer, por opção! Pelo menos assim eu acredito. Vamos aceitar que não existem pessoas iguais, que cada um é de um jeito. Só assim teremos paz! E como diria o grande Bob Marley: “enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, ainda haverá guerra!”
E, para não ficar sem um trocadilho, eu, Mi GUERRA, peço PAZ!