CRÔNICA #061: O SUMIÇO DO RONDIM REAL, O JEGUE TENOR!

Uma crônica social.

Ontem, uma suspeita, hoje uma certeza.

O Rondim, também conhecido como Real, sumiu. Talvez tenha sido roubado, pois creio que, se tivesse apenas sido solto, ele permaneceria pelas redondezas e 'quadradezas' ou cercanias.

Fui procurar o Seo Argemiro, dono do Real, para propor a ele uma limpa de meu capinzal do pomar. Para isso, teria que amarrar o jumento em algum lugar do terreno e mudá-lo vez em quando para outras touceiras de capim. E isso garantiria a ele um suprimento de mais de uma semana.

Infelizmente recebi a notícia do possível rapto do Rondim. E agora? Quem marcará as horas dos sem relógios da área?

Coitado do Seo Argemiro. Era o motriz de sua carroça, com a qual conseguia angariar algum trocado para compor sua féria mensal. Sem falar do Jupy, o aprendiz de tenor que tinha a sua inspiração no asinino vizinho.

Está uma tristeza só aqui no Bairro.

Quem souber do paradeiro do Rondim Real, por favor, entra aqui no e-mail do contato deste RL e diga como recuperar o Real. Para alegria de Seu Argemiro e júbilo do Jupy, que certamente voltará às suas práticas líricas como o primeiro cão tenor da história do Crato.

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Gente! É sério!

Esta é uma história real e o Seo Argemiro está sofrendo muito.

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Para alegria do Seo Argemiro e de nossa 'quadradeza', o Rondim Real reapareceu. Mas o coitado do jegue está triste, acabrunhado e, pelo menos por enquanto, não quer mais cantar, quero dizer, zurrar, marcar as horas. Como queiram.

O importante que ele voltou e amanhã logo cedo, virá capinar (ou seja, comer o capim do meu pomar). Assim, enquanto ele enche a pança, o mato desaparece.

Obrigado a todos pela manifestação de solidadriedade.

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Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 06/04/2011
Reeditado em 07/04/2011
Código do texto: T2893389
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