Meu amigo Monge

Meu amigo Monge

Quando mais jovem, me apaixonei pela filosofia Oriental.

Isto incluia tambem me aproximar de uma alimentação mais

saudavel, que é proprio das civilizações do oriente, que

acreditam com a mais pura razão, que nós somos o resultado

daquilo que comemos, bebemos e pensamos.

Estava eu dissertando com um amigo e monge Budista, sobre

a alimentação cárnea, enlatados e afins, e sobre a sabedoria da saude, quando ele me disse categoricamente:

"O homem saudavel não precisa limpar a bunda!".

Como não limpar a bunda, perguntei indignado? Se eu não

limpar a minha bunda, e bem limpa, fica tudo "emplastado",

me incomodaria e seria horrivel uma situação destas!

Calmamente ele me explicou: A bosta do homem que tem saúde

é cilíndrica, bem formada, sai bem formatada. Não é seca

nem muito mole e não deixa resíduos no ânus, ao contrario

da bosta do homem de saúde duvidosa: As fezes ou são

excessivamente duras ou moles. Aquela pasta é que forma a

sujeira, não tem consistencia, daí a lambreca, e reafirmou:

Voce ja viu o cavalo, o boi, a anta, a capivara ou qualquer

animal herbívaro, limpando o ânus, fedem? As fezes dos

herbívaros são perfumadas, já a dos carnívoros é uma

tragédia!

Vê como os gatos escondem as suas fezes. Até ele se apavora

com o mal cheiro. Por ser um animam domestico, e não ter

uma identidade sobre como se alimentar, piora muito.

Olha como o cavalo caga! Caga marchando, sorrindo, se

pudesse cantaria de felicidade.

O cachorro caga mal, e o homem moderno? Ele não caga, se

caga, e fica feliz quando consegue esta proeza.

Por outro lado, o espiritual, é justo, é moral tirar uma

vida, sacrificar um companheiro de jornada, por um simples

capricho do paladar?

O livro sagrado de todos os povos não pregam "Não matarás?"

A alimentação saudavel de acordo com a natureza, visto que

o homem nasceu herbívaro, pressupõe uma alimentação à base

de grãos, frutas e hervas que a natureza oferece com muito

prazer e santidade.

Quanta sabedoria tinha o meu amigo monge! Aprendí muito.

Era o tempo do arroz integral, do gergelim, da abóbora

hokaido e o banchá.

Bons tempos! estava descobrindo a vida pelas mãos daqueles

que sabem muito sobre ela: Meus amigos Budistas.

Ao meu amigo, comedor de arroz integral,

Do Mosteiro da Vargem Grande.

Senhor Buda, Preservai!