A OUTRA
Fala-me da tua tristeza. Dessa tristeza que não é minha, mas que dói como se assim fosse . Observo que as tuas mãos estão crispadas e o teu corpo se reteza. Veja, as minhas também estão crispadas e o meu corpo acompanha o teu. Os teus olhos estão fitando o vazio. Os meus também.Tentando compreender-te os meus pensamentos rodopiam e a garganta não sufoca o grito. E eu grito: a causa! A causa! A causa! O por quê! O por quê? Não vês que a dor que a ti dilacera a mim também dilacera? E angustia-me o nada poder fazer e esse nada poder fazer destempera os meus sentidos. E o amanhã que nunca chega transforma a esperança em utopia. Mas te confesso: se o teu peito dói, que exploda o meu coração antes jogando sobre mim todo o fardo que tu carregas!
...Por mais alguns segundos fitei aquela figura patética que o espelho refletia , sai diante dele e subi no palco para exibir a minha nova performace.
Fala-me da tua tristeza. Dessa tristeza que não é minha, mas que dói como se assim fosse . Observo que as tuas mãos estão crispadas e o teu corpo se reteza. Veja, as minhas também estão crispadas e o meu corpo acompanha o teu. Os teus olhos estão fitando o vazio. Os meus também.Tentando compreender-te os meus pensamentos rodopiam e a garganta não sufoca o grito. E eu grito: a causa! A causa! A causa! O por quê! O por quê? Não vês que a dor que a ti dilacera a mim também dilacera? E angustia-me o nada poder fazer e esse nada poder fazer destempera os meus sentidos. E o amanhã que nunca chega transforma a esperança em utopia. Mas te confesso: se o teu peito dói, que exploda o meu coração antes jogando sobre mim todo o fardo que tu carregas!
...Por mais alguns segundos fitei aquela figura patética que o espelho refletia , sai diante dele e subi no palco para exibir a minha nova performace.