RIACHO GERALDO ANTAS

CAMINHO DO GRUPO

RIACHO GERALDO ANTAS

No início de 1970, no caminho para o Grupo Abel Furtado um pequeno riacho amedrontava as crianças.

Quando o açude de Geraldo Antas 'sangrava' colocava água para esse pequeno córrego.

Era um sufoco. As crianças não passavam. Medo, perigo, anoitecer...

Riacho Geraldo Antas

Caminho que não existe mais

Córrego que já não tenho medo.

Riacho Geraldo Antas

Não sei para onde você foi,

Você desapareceu até nas enchentes

Com suas águas e sua 'zoada'.

Riacho Geraldo Antas

Inspiração dos alunos do Grupo,

És pousada de ninguém

O que fizeram com você?

Foram os homens insanos

Em meio à destruição

Que não respeitaram teus filhos

E tuas trilhas.

Riacho Geraldo Antas

Agora só tristeza

Só no papel entre os

Que choram a sua morte, como os poetas.

Riacho Geraldo Antas

Destino de muitos fins

Dos homens ou da natureza

Estás na memória

Através de um patrimônio imaterial.

Riacho Geraldo Antas

Das crianças inocentes

Que saíam do Grupo Abel Furtado

Na época do 'inverno'

Com medo de passar

No teu leito, quanta inocência.

Riacho Geraldo Antas

Lembrança do tempo de menino,

Tempo que nunca mais voltará

Riacho de grata recordação,

Que ao pensar bate a saudade

E a vontade de chorar.

Alegria que me faz voltar a ser criança

E um sorriso alegre de recordação.

Marcos Calaça
Enviado por Marcos Calaça em 04/04/2011
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