RIACHO GERALDO ANTAS
CAMINHO DO GRUPO
RIACHO GERALDO ANTAS
No início de 1970, no caminho para o Grupo Abel Furtado um pequeno riacho amedrontava as crianças.
Quando o açude de Geraldo Antas 'sangrava' colocava água para esse pequeno córrego.
Era um sufoco. As crianças não passavam. Medo, perigo, anoitecer...
Riacho Geraldo Antas
Caminho que não existe mais
Córrego que já não tenho medo.
Riacho Geraldo Antas
Não sei para onde você foi,
Você desapareceu até nas enchentes
Com suas águas e sua 'zoada'.
Riacho Geraldo Antas
Inspiração dos alunos do Grupo,
És pousada de ninguém
O que fizeram com você?
Foram os homens insanos
Em meio à destruição
Que não respeitaram teus filhos
E tuas trilhas.
Riacho Geraldo Antas
Agora só tristeza
Só no papel entre os
Que choram a sua morte, como os poetas.
Riacho Geraldo Antas
Destino de muitos fins
Dos homens ou da natureza
Estás na memória
Através de um patrimônio imaterial.
Riacho Geraldo Antas
Das crianças inocentes
Que saíam do Grupo Abel Furtado
Na época do 'inverno'
Com medo de passar
No teu leito, quanta inocência.
Riacho Geraldo Antas
Lembrança do tempo de menino,
Tempo que nunca mais voltará
Riacho de grata recordação,
Que ao pensar bate a saudade
E a vontade de chorar.
Alegria que me faz voltar a ser criança
E um sorriso alegre de recordação.