Em briga de mulher, não se mete a colher!
Ontem, em reunião com amigos, assistindo ao jogo da tarde em um barzinho, deparamos com uma cena inusitada.
Como de praxe, aos domingos, após a missa, nos reunimos no clube campestre e tecemos os comentários da semana. Palavra vai, palavra vem e o cesto de causos recolhe as mais diversas narrativas.
Depois de socializarmos as boas novas, o adiantar da hora nos obriga a rumarmos para um local mais próximo de casa e ali, aguardarmos a hora do futebol pela TV. Ali nova turma nos aguarda.
Como não é muito diferente, a roda de prosa deixa sair pela tangente os comentários da semana sobre mulheres, depois mulheres, depois idem e depois sobre o futebol.
Numa mesa, do lado de fora do estabelecimento, um casal estava no maior amasso. A temperatura do mesmo estava maior que a ambiente.
Um motoqueiro chegou como quem nada queria, colocou a moto no descanso, retirou o celular com câmera e filmou o colóquio amoroso. Consertou a posição da moto e seguiu viagem
Pouco tempo depois, uma mulher chegou no ambiente soltando fogo pelas ventas. Ao seu redor levantava poeira que nem os remunhos interioranos. Ela foi logo disparando alguns adjetivos contra os dois:
_ Seu sujo! Sua porca!
_ Sua lambisgóia! Seu cretino!
_ Seu cretino! Sua infeliz ladra de homem!
Cobras e lagartos a mulher despejou! Olhando em volta, apanhou uma garrafa de cerveja e zap! Mandou nos dois. Um cinzeiro, zap! Foi pro ar. Enquanto ela procurava mais objetos para lançá-los, o dono do bar, Ivonir, começou a se lamentar:
_ Ah, meu Deus! Lá se vão minhas garrafas.
Edilson, seu garçon, com um taco de sinuca na mão, observando que a mulher achara mais garrafas em outra mesa, sutilmente ofereceu-lhe o taco e saiu da frente.
_ Ufa! Salvei as garrafas de meu patrão. Comentou ele.
Algumas pessoas tentaram intervir, mas a mulher esbravejando, gritava:
_ Em briga de mulher não se mete a colher!