Reluta
Quando eu o conheci, meu olhos não se despiam da sua imagem,
Revirou-se no corpo sentimentos nunca tidos.
Descobri, certamente, que nada poderia ser tão forte,
Ele se tornou meu melhor amigo, o meu amor, o meu amante, tudo ao mesmo tempo.
E o corpo que de paixão tornou-se alma e fogo, revelou-me um filho de emoções desvairadas, avassaladoras, era o amor.
Busquei em mim as formas mais complexas, as linhas mais orgânicas, extraí o que nada poderia se assemelhar em tanta grandeza. Não fui e não quis ser a ninguém o que me condicionei a ele.
Digo, foi como jogar se num abismo, sem voltas, sem revogas. Retirei de mim para ele o que nem Deus poderia retirar de seu espirito divino.
E agora, num momento , eu me tenho por deixar a vida se esvair de mim em litros e litros de dorzinhas inseridas em gotículas rápidas de alguma substância aquosa com sabor levemente salgado.
E se o amor que tenho não fosse maior que qualquer coisas, já teria me despido da vida.
Digo mais, nada me deu maior felicidade, maior prazer, maior regozijo que o amor ao qual nos entregamos. Nada me fez ter tanta força para lutar.
E digo...e que triste pode ser o amor mal aproveitado heim?
Porque relutar tanto com o amor?
Eis a questão.