Reluta

Quando eu o conheci, meu olhos não se despiam da sua imagem,

Revirou-se no corpo sentimentos nunca tidos.

Descobri, certamente, que nada poderia ser tão forte,

Ele se tornou meu melhor amigo, o meu amor, o meu amante, tudo ao mesmo tempo.

E o corpo que de paixão tornou-se alma e fogo, revelou-me um filho de emoções desvairadas, avassaladoras, era o amor.

Busquei em mim as formas mais complexas, as linhas mais orgânicas, extraí o que nada poderia se assemelhar em tanta grandeza. Não fui e não quis ser a ninguém o que me condicionei a ele.

Digo, foi como jogar se num abismo, sem voltas, sem revogas. Retirei de mim para ele o que nem Deus poderia retirar de seu espirito divino.

E agora, num momento , eu me tenho por deixar a vida se esvair de mim em litros e litros de dorzinhas inseridas em gotículas rápidas de alguma substância aquosa com sabor levemente salgado.

E se o amor que tenho não fosse maior que qualquer coisas, já teria me despido da vida.

Digo mais, nada me deu maior felicidade, maior prazer, maior regozijo que o amor ao qual nos entregamos. Nada me fez ter tanta força para lutar.

E digo...e que triste pode ser o amor mal aproveitado heim?

Porque relutar tanto com o amor?

Eis a questão.

Nakano
Enviado por Nakano em 03/04/2011
Código do texto: T2887617
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