Os alemães têm muito que aprender com os brasileiros!
Eu nunca canso de me surpreender com este país e estes polacos alemães...
Parados no semáforo, em um lugar onde não passa absolutamente nenhum carro, a cambada fica lá estagnada que nem gado, até o sinal verde abrir, (antes disso, pode chover canivetes que não se mexem nem a pau);
O trafego de bicicletas é tão intenso entre os carros e bondes, que às vezes incomoda, não obstante, nenhum motorista tem coragem de fazer alguma brincadeirinha ou afronta, tipo: buzinar no ouvido, dar um susto, gritar quando está colado na orelha do ciclista ou sequer jogar uma garrafinha plástica na cabeça dele, (ah, coitados! Eu faria, mas lamentavelmente, não dirijo aqui...);
Nos meios de transporte coletivo não há cobradores, quer dizer, o passageiro só paga se quiser, mas todos eles pagam! (olha que burros, eu só viajo de graça!);
Contraditoriamente a toda limpeza das ruas, os alemães são meio porcões, a balconista da padaria pega o pão que vende ao cliente com a própria mão (sem luvas), enquanto isso, os carrinhos de cachorro quente nas ruas, usam luvas, mas entregam o pão com salsicha com a mesma mão plastificada que cobram o dinheiro (do que adianta a luva???);
No posto de gasolina, não existe frentistas. É o cliente quem abastece o carro. Nenhum tonto até agora teve a brilhante ideia de encher o tanque e sair derrapando sem pagar. Todo alemão após abastecer vai até o posto de conveniências acertar a conta. (ah se eu dirigisse e abastecesse...);
Nas autopistas, a faixa da esquerda é pra quem quer correr a mais de 200 km/h, mesmo quando não há carros, a boiada fica nas faixas da direita, sem usar a via rápida, nem mesmo se tiver uma carroça na frente empacando o transito, (Pra que ter velocidade liberada se ninguém atola o pé no acelerador?);
Nas lojas, não há vendedores insistentes tentando empurrar coisas e roupas pra você, o cliente entra, pega o quer, vai até o provador, prova quantas peças quiser e quantas vezes desejar. Não há fiscalizações tipo: Renner, e nem cartãozinho com números mostrando a quantidade de mudas que você leva até a toca. Você pode fazer uma maçarocada de roupas e se não gostar, deixa tudo lá mesmo. Inclusive, não tem argolinhas com alarme anti-furto (advinha no que estou pensando...)
Você pode alugar uma bicicleta com apenas uma ligação. Elas ficam espalhadas nas esquinas das ruas apenas com uma corrente nela mesma, não estão presas em um poste ou nada por estilo. É um negócio lucrativo e que dá certo aqui, pois claro, ninguém ainda pensou em fazer um cadastro falso, alugar a byke e nunca mais devolver, ou ainda, furtar uma ou duas no meio da madrugada... (olha, como são burrões!!)
Os jornais ficam lá empilhados numa esquina qualquer, com uma caixinha ao lado para colocar o dinheiro (ninguém rouba, nem os jornais e nem o dinheiro da caixinha, dá pra acreditar??)
O povo não é adepto a jogar lixo nas ruas aqui, não há nada para o gari limpar, e por isso, não há garis! (Exclusão total de uma classe trabalhadora!)
Aqui, as diaristas e empregadas são tão chiques que chegam para trabalhar com BMW e já avisam de antemão como a patroa deve se comportar (duvido quem desafia uma mulher dessas, com um antepassado hitleriano...);
As leis que protegem o trabalhador são tão fortes que é o empregado quem escolhe como e quando vai trabalhar, se o vagabundo não aparecer, não há empresa que possa coloca-lo na rua; (meu sonho, finalmente realizado!!)
Quando você conhece alguém, deve apresentar-se criteriosamente pelo sobrenome, olha que ridículo: "Boa-tarde, Lechner!", e se o faz informalmente, como por exemplo: “Boa-tarde, Geyme” parece um flerte!
Nos barzinhos, não tem pegação, olhares 47, encaradas, ereções... O homem aqui não pode ser cafajeste, estilo “latino americano”, ou do contrário, corre o risco de levar um tapa na cara (de mão aberta) de uma mulher, e depois, de todas as amigas dela, do segurança, da garçonete...
O chucrute faz parte da cesta básica e é dever de cada germânico (inscrito na constituição) comer pelo menos três vezes na semana (sem direito ao peido alemão!)
Aqui, mendigo na rua pede esmola pra beber, pois o Estado paga moradia e alimentação! (juro, todos eles têm um cachorro e uma garrafa de uísque do lado!)
Tem mais, muito mais... porém, reservar-me-ei ao direito de uma segunda etapa... (olha como eu escrevo bonito!!!)
Bem, brincadeiras à parte, tem muitas lições de cidadania que nós, brasileiros, deveríamos aprender com os polacos alemães, outras, deixar longe, num passado distante...