Desejar, Sonhar, Querer e Poder
Você que está envolto em um novo sonho de realização, precisa, como muitos, ter os pés no chão, o coração aberto para o Amor e a resignação e, ainda, a mente disponível para as boas e salutares reflexões, se deseja, realmente, aprender e agir com Justiça e profunda devoção.
Sonhar e da natureza da Alma, desejar é do instinto e da paixão.
Não podemos esquecer que foi durante o sonho do Adão que o Grande Elohim, tomando parte da costela do sonhador, atendeu-lhe o desejo e concebeu a dualidade, o bem e o mal, ou o grande complemento do Homem Primitivo, que repousava no universo interior da sua própria solidão.
Querer pode ser do coração. Mas, às vezes, não é senão a mais pura ilusão, filha da nossa vaidade e do egoísmo, que é alimentada por nossa própria e amaldiçoada ambição.
Saber, por sua vez, sem dúvida é da razão. Mas, nem sempre, ela esta aberta para as nossas sublimes aspirações ou aceitação da renúncia, do sacrifício, bem como do perdão a que devemos a todos os nossos irmãos.
Portanto, para alimentar o Sonho da Realidade, motivado pelos verdadeiros ideais e as mais nobres aspirações é preciso, primeiro, ter certeza da força e da qualidade do nosso próprio caráter que, sem dúvida, será testado pela sedução do falso poder temporal, que só é concedido pelo "Rei do Mundo", o "Pai da Mentira", o "Grande Adversário" e "Dono da Opinião".
Precisamos lembrar que nascemos filhos, podemos nos tornar irmãos, nos fazemos esposos e chegamos a ser agraciados pelo poder gerador que pode nos fazer pai, diante da Criação.
Mas, é preciso ter consciência deste grande poder. Pois, tudo que realizarmos, após esta última consagração, ficará para outras gerações e, conseqüentemente, para nossos filhos, netos e aqueles que forem alvos de nossas estimas e devoção.
Portanto, também, convém sempre pensar nos verdadeiros motivos que nos levam a desejar, sonhar e realizar, já que o homem é o senhor do seu destino e, como está escrito no Livro da Tradição, somente ele, diferente de outros seres da Criação, transmite seus pecados e bênçãos até a sétima geração.
E, assim, nossas alegrias, nossos anseios, muitas vezes, podem se transformar em dores, em lágrimas. Nossos desejos em pecados e nossas ações em meras maldições.