O beco

Ali, naquele corredor sem fim, aonde os anjos sobem para encontrar o criador, tudo é refeito e entra em conjutura com nosso jeito de pensar. Naquele beco úmido e obscuro consigo observar os dois amigos que não se olham e apesar da preocupação de algum, há nesse aquela falta de coragem para dar o soco que o outro merece e transformá-lo em algo mais forte, e dessa maneira demonstrar que o mundo lá fora não é apenas o preto e branco que ele já desconhece. Depois desse corredor, dessa narrativa nascerá o arrependimento. Talvez a minha condição não deixe que eu entenda. Talvez o que eu faço e digo são coisas estranhas, sem pompa, maestria e por isso venho entender o fato de não compreenderem os meus pequenos devaneios de ditador. Mas será eu ou vocês? Talvez eu os assuste pelo meu portar diferente. E se há algo no universo para que eu revelo um verdadeiro temor isso é o conhecido do desconhecido, o diferente do não visto, o que eu acho que entendo, o que eu não consigo encaixar de uma maneira irracional nos fatos cotidianos, o que eu enxergo com tamanha clareza que eu não acho os defeitos. Quero que uma pergunta seja feita e com isso nasça outras: isso e tão incomum ou não os observamos com os verdadeiros olhos? E que olhos seriam esses? Que beco será o seu?

Gilmar Elric
Enviado por Gilmar Elric em 31/03/2011
Código do texto: T2882273
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