Todas as cores
Quanto mais opções nós temos, num dado momento, mais difícil é escolher, ainda que esta escolha consista em algo simples, como a cor da tinta para pintar as paredes da casa. Simples para uma pessoa convicta, decidida, objetiva, persistente ou qualquer outra palavra que traduza a teimosia do capricorniano. Simples para quem não abriu a grande boca para falar de sua opção pela cor branca para as amigas. Aí as matracas começam. “-Ah, branco é cor de hospital”. “-Por que não pinta de pérola? É uma cor neutra e não fica aquele branco-branco! Ui!”. “-Eu adoro o verde! Verde água, com uma parede verde cítrico ficaria lindo!”. “-Bi-bi-bi, bi-bi-bi, bi-bi-bi...”.
Com os grandes ouvidos cheios, cheguei à loja de tintas. A essa altura, aquelas idílicas casinhas do mediterrâneo, branquinhas, com portas e janelas azuis, estavam cada vez mais distantes, do outro lado do universo. Pensava agora em pêssego, rosinha bem suave ou rosa choque. O vendedor trouxe o mostruário de cores para eu escolher uma para o teto, uma para as paredes e outra para as portas. Tem um trilhão de cores ali no catálogo! Os olhos cintilavam diante de tanta beleza, textura e brilho, mas qual delas levar?
Ouvir os amigos é excelente e muitas vezes extraímos ótimos conselhos, mas há momentos em que as nossas características básicas ajudam, além de nos mostrar que devemos ser fiéis a nossa essência, autênticos (que é outra palavra para teimosia!). Depois de um passeio pelo arco-íris das ideias alheias, descobri mais uma coisa que não se discute. Qual a cor da tinta que comprei? Só às paredes confesso...
Quanto mais opções nós temos, num dado momento, mais difícil é escolher, ainda que esta escolha consista em algo simples, como a cor da tinta para pintar as paredes da casa. Simples para uma pessoa convicta, decidida, objetiva, persistente ou qualquer outra palavra que traduza a teimosia do capricorniano. Simples para quem não abriu a grande boca para falar de sua opção pela cor branca para as amigas. Aí as matracas começam. “-Ah, branco é cor de hospital”. “-Por que não pinta de pérola? É uma cor neutra e não fica aquele branco-branco! Ui!”. “-Eu adoro o verde! Verde água, com uma parede verde cítrico ficaria lindo!”. “-Bi-bi-bi, bi-bi-bi, bi-bi-bi...”.
Com os grandes ouvidos cheios, cheguei à loja de tintas. A essa altura, aquelas idílicas casinhas do mediterrâneo, branquinhas, com portas e janelas azuis, estavam cada vez mais distantes, do outro lado do universo. Pensava agora em pêssego, rosinha bem suave ou rosa choque. O vendedor trouxe o mostruário de cores para eu escolher uma para o teto, uma para as paredes e outra para as portas. Tem um trilhão de cores ali no catálogo! Os olhos cintilavam diante de tanta beleza, textura e brilho, mas qual delas levar?
Ouvir os amigos é excelente e muitas vezes extraímos ótimos conselhos, mas há momentos em que as nossas características básicas ajudam, além de nos mostrar que devemos ser fiéis a nossa essência, autênticos (que é outra palavra para teimosia!). Depois de um passeio pelo arco-íris das ideias alheias, descobri mais uma coisa que não se discute. Qual a cor da tinta que comprei? Só às paredes confesso...