Além do arco-íris... Existe a morte!
Nascemos e morremos! A meu ver a vida torna-se um arco-íris, na ponta inicial o nascimento e na ponta final a morte, pois, um dia as cores tocarão a superfície da terra e enterrará de vez o nosso cadáver numa sepultura eternamente, e afastará os nossos sonhos para bem longe da realidade. Sombrio, né? Um pouco. Afinal, vocês já sabem! Um dia chegará e não adianta fugir nem rezar, até porque a morte não seleciona o seu cliente, em breve uma pessoa comprará o seu novo aposento, o caixão. A sua matéria física, do qual, agora você cuida tão bem, com tantos exercícios físicos e dietas, será no fim o alimento para os vermes, sobrando apenas a carcaça, a qual, para a visão e para o olfato de muitas pessoas não é muito agradável. No fundo de tudo, o falecimento não seria o problema, mas sim, como terminará a nossa jornada, talvez morrer no fogo, virando carvão, ou, morrer nas águas, embriagar-se diante do infinito azul. Enfim, na jornada, entre o ponto inicial e o final do arco-celeste, tudo pode acontecer, nem sempre colorido, do mesmo modo, nem sempre em preto e branco, um verdadeiro dégradé. Sim, um dégradé! Porque a vida é como uma opinião, muda, muda e muda rapidamente, portanto, mudança é algo inevitável, renovar é tudo. Uma observação: A morte não é ruim, não é uma figura esquelética, ainda mais, portando uma gadanha, na iconografia ocidental. Não há nada disso. Não existe a vida sem a morte e a morte sem a vida, são irmãs. Quando perder alguém não a castigue, a morte não é culpada, é simplesmente um resultado. No percurso enterraremos amigos, conhecidos e parentes, ficará em luto, assim, se submetendo aos estágios a seguir: primeiro a negação, não aceita o acorrido; segundo a raiva, agimos com agressão física ou verbal colocando a culpa em si mesmo ou em outrem; alguns preferem a solidão; outros a agitação, repleto de ansiedade; em seguida vem a depressão, desespero completo; até que chega um momento em que compreende, admite e suporta a dor, características do nível final, a aceitação. Em suma, essa escola que nós chamamos de vida, que é repleta de matérias, como amor, emprego, família, etc. Tem a mais complicada de todas as matérias, a morte. Haja vista que, somente há uma pergunta pra saber se completastes a tua ordem aqui no planeta Terra. Qual seria a questão? Lá vai, vou fazê-la! Você está vivo, amigo? Claro que sim, pelo menos fisicamente. Então, está longe pro final.
Por: Lucas Expedito Claro Prado.
Inspirado no primeiro romance realista de Machado de Assis, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881).