O MAL NA INTERNET É CRESCENTE.INDUZIMENTO AO SUICÍDIO.

O mal na internet é crescente. Juliana Tiraboschi, repórter, resolveu avaliar a internet. Se declarou uma jovem em depressão e perguntou como fazia para se suicidar sem muita dor. “Decidi me matar e quero saber o método menos doloroso”, disse. Um “generoso” especialista indicou uma mistura de medicamentos, “mais letal e menos doloroso”; outro uma “overdose de barbitúricos”, de efetiva e rápida ação. A repórter ficou perplexa por ninguém se “mostrar perturbado”, conforme referiu. Acresço, sem que houvesse forte iniciativa para demovê-la da macabra ideia.

Faz poucos dias falei sobre “O Idiota” em artigo, houve quem surpreso me pedisse um certificado da razão de me excluir. Acho que expedi o certificado para quem não tem disfunção de apreensão. Não entendeu que falava de doença, o internauta não a conhecia. Houve mesmo quem pedisse, outro internauta, que o incluísse na lista de idiotas; também ignorava a gradação que em psiquiatria estuda os fenômenos afetivos e emocionais, compreende-se. A esse fiz questão de elogiar em seu espaço, não era obrigado a compreender o tema.

Agora falo não de idiotia, mas de campo psicopatológico alargado, em lente de aumento visibilizado, que se alastra flagrantemente e intensamente na rede, violentamente. Da pedofilia à exploração sentimental para incautos ou incautas, desaguando em estelionato e até homicídio, como o induzimento ao suicídio acima referido, alcançando esquizofrênicos, oligofrênicos e outros estados psicóticos de humores originadores da delinquência como gênero, descritos desde Kretschmer. De tanto está infestada a internet, a rede.

Da idiotia pouco agressiva, ligada à mitomania principalmente e ao medo na infância, também se impregna a internet. Sob esse prisma os bipolares ficam visíveis aos experientes. Buscam em ufanismo infantil, febrilmente, o aplauso fácil, encontrado por se estabelecer na troca, que satisfaz.

O pouco é muito para quem nada teve ou tem de reconhecimento. E ficam a pretender voos de águia, angustiados na ansiedade da corrida ao triunfo, imaginado na fase maníaca, engalanada e ornada com os valores que passeiam do “id” ao “ego”, este sempre dimensionado gigantescamente, e sempre presente. Isto é de baixo poder ofensivo para terceiros, felizmente. Só acarreta depressão ausente o aplauso no clubismo frequentado pelo depressivo.

Mas o perigo, REAL, ronda, e embora possa parecer exacerbada a abordagem basta ler hoje o artigo de Zuenir Ventura “O mal na Rede”, no jornal da grande imprensa, “O Globo”, fls. 7, listadas as várias ameaças protagonizadas, de onde extraí o que ocorreu com a repórter, para inferir o grau de psicopatia que se dissemina.É preciso cuidado. Recebo com reservas a internet, é preciso estar alerta.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2880293
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