Recortes
Não se iguale ao lixo. Conserve-se limpo. Lembre-se que na vida, para inovar, precisamos olhar para o passado – mesmo que com tristeza – para encarar o futuro. Olhos ardentes. Secos de tanto enxugar. Molhados de chuva. Inundados de tristeza.
Lembre-se de não perturbar. Nem a si tampouco aos outros. Faça silêncio quando necessário. Não encaminhe ninguém a lugar algum. Porque você também não quer que te apontem as direções.
Prefira então não pensar. Porque você tem que prosseguir. Não se iguale ao lixo. Conserve-se limpo. Lembrando sempre de beber otimismo. E inovando, para que se possa projetar um futuro melhor. Você se pergunta agora “Por quê? Por que eu? Por que sofro?” Questiona-se se o gene da solidão e da tristeza fazem parte dos seus cromossomos. DNA. RNA. LTDA. Tanto faz. Derrota ou vitória? O que vai ser?
Lembre-se: Não se iguale ao lixo. Conserve-se limpo. Você até pode caminhar entre a sujeira. Ela pode até encostar na sua epiderme. Misturar-se com seu cheiro. Mas você não se iguala ao lixo.
Você vai caminhando agora. Até chora na chuva. Tem vontade de não voltar mais. Só que não tem rumo. Não sabe o que será o tão famoso futuro. Porque hoje você chora. Amanhã, talvez... Talvez... Você sorria. Possivelmente pode acontecer as duas coisas em um curto intervalo de tempo.
Então você se lembra que agora bebe otimismo. Escuta músicas novas. Chora. Ri. Os dois em um curtíssimo intervalo de tempo. E ouve sempre “Não deposito confiança!” “Não deposito confiança!” E se pergunta: Quem inventou essa expressão?
Remodele:
– Não deposito confiança!
– Onde?
– No céu!
Pois você se lembra que confiança não se coloca nos altos. Já imaginou se faltasse uma parte do céu? O que ficaria?
Põe-se confiança no coração! Bote confiança no peito! E não se iguale a lixo. Sem luxo. Mas sem lixo. E que façam silêncio. Não perturbem.
Hoje você chora. Amanhã, talvez... Só talvez... Você pode vir a rir...
Encontre pessoas maravilhosas. Outras, apenas gente.
Lembre-se... Com dor ou sem... Amanhã é outro dia. Com dizeres repetidos. Palavras reprisadas. Tudo de novo. Novamente...
Com cortes no coração. E na mente, recortes.
Obs. Texto composto com frases de rua. Algumas refeitas poeticamente. Outras não.