PARADA DE ÔNIBUS
Costumo ser muito observadora em todos os lugares que me encontro. O ser humano e seu comportamento é sempre alvo do meu olhar. Num desses dias quando estava no ônibus do meu bairro, coisa que faço sempre, adoro voltar pra casa de coletivo. Não vou de carro, primeiro para preservar a natureza não aumentando o monóxido de carbono e segundo porque a cidade está um caos para estacionamento e terceiro pelo alto índice de assalto, junto todos esses fatores e lá vou eu de ônibus.
No horário passa ônibus de todos os bairros, o ponto fica á frente de uma casa comercial. E ficava observando o olhar das pessoas na ânsia de que o seu chegue primeiro. É interessante ver que cada um na sua ansiedade, esquece completamente que estão juntas de muitas pessoas, muitas vezes necessitadas de um simples olhar ou um ouvido. Mas a sensação que deixa é que dentro de cada um daquele olhar está escondi do um poço de egoísmo. Primeiro porque quando chega o coletivo cada um e cada uma quer ser o primeiro a subir, querem sentar também no melhor lugar. E nessa luta em ser o primeiro não conseguem observar ao seu redor, se algum idoso não conseguiu sentar nas cadeiras reservadas, se alguma gestante ou mãe com criança de colo está de pé. Enfim, é um egoísmo que toma conta das pessoas de uma forma impressionante, que nenhuma preocupação humana navega no seu ser.
Então, não sei se o meu leitor também tem esta visão da humanidade que caminha numa estrada longa que conduz ao egocentrismo contagiante, que sem perceber transferem às novas gerações construindo assim uma humanidade sem o mínimo de humanização, tão necessária a vida do planeta.