Carta aberta a Sociedade brasileira
Estado de caos, 1° apelo de quem não aguenta mais...
Se alguém puder, socorra-me...
É preciso mudar. Não podemos mais deixar o legado para outros, depois outros e de braços cruzados apenas pelo comodismo achar que nada pode mudar. Vamos sonhar e somar as forças que ainda guardamos como reserva e fazer acontecer logo agora a vontade de sorrir novamente.
Crianças e adolescente e idosos carecem de um olhar mais terno não apenas por parte dos governantes, mas também de nós, cidadãos responsáveis pelo desabrochar e maturidade da vida. É urgente políticas de natalidade e qualidade de vida para aqueles que brotam na vida, assim como precisamos planejar o nosso envelhecimento. O país está envelhecendo, o mundo está envelhecendo e não pode ser assim a deriva. O cuidado com o meio, com o todo ecológico...
Agora querem nos enjaular, todos enlatados em espaços pequenos como se fossem a salvação para a violência e a segurança nas ruas enquanto os países continuam na fabricação de armamentos bélicos cada vez mais potentes. E de contraste em contraste querem construir o cidadão do futuro mais humanizado, como?
Políticas de bem estar e moradia digna. Chega de tanta ciência e pouca decência. A saúde vai mal porque o universo está doente. É preciso rever tamanhas atitudes e desenvolver novas atitudes de devolver ao vento a possibilidade de voar sem interrupções.
Por que pensar no investimento de uma educação presa a salas de aulas quadradas onde as crianças não veem mais a luz do sol, o verde das plantas ou o azul da atmosfera? São obrigados a ficarem sentados, enfileirados, como meros reprodutores de verdades que não convencem?
Por que reproduzir o pensamento do poder instituído que lugar de criança é na escola se há muito este espaço deixou de ser prazeroso, atrativo, afetivo e construtor de conduta moral e ética?
A educação precisa brotar da necessidade que o homem tem de ser homem, de se fazer homem e entender porque que Ele é diferente dos demais animais. As motivações que sensibilizam, provocam reações e através destas o homem se constitui ser, pessoa, gente, sujeito.
Essa falta de IDENTIDADE humana, causa finita de todas as atrocidades existente nas relações sociais do hoje no mundo, torna o humano um não ser e não sendo se esquece de si, do outro, do nós. Não se define, não se conceitua, não sabe quem é.
Estas relações necessitam de serem redefinidas, repaginadas, reparadas e serem compreendidas como relações afetivas, só pelo afeto e redescoberta dos sentimentos que poderemos reinventar um novo espaço, uma nova nação, um novo sistema de vida fraterno.
Não sei se consigo chegar a esse coração embrutecido pela vida, mas é necessário tentar, chegar junto, gritar que somos responsáveis uns pelo outro e se tudo está do jeito que aparenta é porque desistimos de nós e dos outros.
Socorra-me se puder. Pelo menos passe a pensar em você, depois pense em quem está ao seu lado, dorme na mesma cama aquecendo seu corpo, debaixo do mesmo teto e se perceber na responsabilidade de se tornar responsável e vá criando essa imensa rede social de solidariedade e passe a descansar o seu corpo mais facilmente, a deitar sua cabeça no travesseiro e dormir e sonhar e embarcar nos sonhos sem a mínima possibilidade de torná-los pesadelos.