DEU (N)UM BRANCO
Nesta minha (nem tanto) santa ignorância, é sempre assim, quando acho que está terminando, terminado, está apenas começando, começado.
Um pecado, pois minha IN - consciência, pesada, obesa, quer emagrecer, fazer regime, mas o sistema nervoso, neurótico por natureza, raivoso, impede que a gordura vá embora.
E minha vida continua como antes, é só uma amostra do fim de tudo, anormalidade que transparece através da parede de vidro que mostra minha cara lavada (é de manhã) e reflete este meu estado de espírito, animal, contagiando as espécies próximas, no outro lado.
É, Só(u) eu mesmo, o mesmo de ontem, de agorinha, que já estava no amanhã, entre mudanças climáticas e cataclismas, sinais de um tempo revoltado, que mostra seu poder para homens e mulheres, manipulando e aniquilando qualquer tentativa e qualquer dúvida que paira no ar.
É, só(u) eu mesmo, mas onde quero chegar, com tantas metáforas, nem eu sei, só sei que deu um branco, podia ser amarelo, azul, lilás, mas não, deu (n)um branco.