Um minuto e a mudança
Esta é a fórmula de um computador. Os fatores para o seu bom desempenho são explorados como perfeição. Temos em casa um laboratório com usuário de cobaia cibernética. É algo tão divertido porque a gente pode clicar meter o dedo em todos os lugares e é assim que todos fazem para dominar o que desejam acessar. Os cursos de informática estão em baixa, eles não acompanhariam a expectativa do tempo de venda que se baseia no “vá, use, mexa na máquina, curta tudo isso”, e sobretudo “compre”.
A legenda de que sempre está se modificando vai piorando ainda mais a usabilidade de quem prefere escravizar comandos. Estes últimos os mais prudentes usuários. Fica preso naquele feijão com arroz e querem apenas aquilo da máquina. São os menos infelizes.
Os aranzéis de botões, comandos, incitações para caminhos, levam o usuário a uma ilusão de coisa. O usuário definido é aquele que necessita obter um resultado prático. Já que a assistência técnica não é permanente ficando visível certa fissura entre dois tipos de máquina: a que existe, experimental, e a que está por vir, livre, erroneamente chamada de pirata. Pode-se dizer que a pirataria é o uso ideal da máquina com todas as suas possibilidades e potencialidades.
Antigamente havia o vinil e logo veio o gravador, era proibido gravar fitas cassetes, jamais houve a histeria de agora com relação ao Cd. Lancei meu CD recentemente aos amigos e infelizmente ninguém pirateou, do contrário já estaria na lista dos mais vendidos, ou pelo menos, vendido.
Tudo se resume na passageira e excessiva fragmentação. Variações do mesmo modelo e presunção de soberania contra o pobre usuário que é levado a fuçar. Não é mais um cientista com preparação em escolas especializadas como estava proposto no começo da era da informática. Poder-se-ia dizer que todos podem ter um computador em casa para se sentir integrado, moderno, e pronto para doar a sua alma aos cadastros. Alma aos cadastros e corpo a vontade aos semelhantes. Nunca foi tão importante selecionar a suposta sexualidade humana através dos interesses visuais ofertados. Coisa que me parece mais fascista do que científica.
Não vejo a hora de se ter em casa um computador pirata bem como noticiou a revista Super Interessante nesta última edição. Sou precursor da idéia em escala cronológica, pois manifestei aqui mesmo o quanto à idéia de lazer e passatempo faz parte do perfil popular. A ciência especulativa e erudita deve permear a internet 1. A número dois será para sublimação mágica da vida cotidiana, essência do mercado tecnológico. Em ambas a pergunta é como se pode ganhar dinheiro “limpo e lícito” com algo tão forte e expectante. Quanto a TV GOOGLE ela é um desejo de consumo implícito em todos os computadores. É o retorno da verdade, pois o buscador se tornou um botão antigo chamado “seletor” só que atualizado. É uma idéia genial poder assistir todos os vídeos fragmentados até o fim.
Quanto ao que temos hoje resta uma declaração universal sobre o computador: nunca funcionou plenamente até o fim numa tarefa que deveria durar um minuto.