O antigo e o "modernoso"
- Vó, cadê o botão que acende esse seu fogão?
- Você pensa que minhas coisas são moderninhas, é? Tem fósforo aí do lado. Não vá se queimar.
- Se suas coisas não são moderninhas, o que é esse note book que você tem ai no colo, que tanto escreve e tanto escreve.
- Não amola menina! Estou ocupada.
Embora ficção, essa cena pode se repetir em qualquer casa. Minha geração assimilou algumas modernidades e desprezou outras, levando em consideração nossas prioridades. Conheço uma que espreme laranja num espremedor manual porque “não tem tempo” de sair para comprar um elétrico. Sim, porque os sites viciosos não permitem que ela queira sair de casa.
Essas coisas causam diálogos pitorescos. O professor de ginástica nos dizia para mexermos as mãos como se estivéssemos amassando pão. Disse uma vez, duas, três até que uma das minhas colegas não agüentou e falou alto: - “Não amassamos com as mãos. Hoje tem máquina elétrica para fazer pão”. Riso geral e ele teve que mostrar o movimento com mais eficiência porque as vovós que estavam em sua frente eram “modernosas”.
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