223 - UMA FESTA CIDADÃ?
UMA FESTA CIDADÃ?
Três, outubro de 2010. Chegou o grande dia, é hora de votar, mas sempre cabe a pergunta: seriam as eleições a grande festa da cidadania?
Muitos entendem que esta seria a grande festa da democracia e da cidadania. No entanto, alguns não aceitam essa premissa pelo simples fato de se sentirem, e o são, obrigados a votar em candidatos que pertencem a partidos políticos sem nenhuma ideologia e que primam por políticas de desenvolvimento do país que só ficam na retórica populista e da troca de favores do toma-lá-dá-cá. Na verdade parecem ter somente a determinação de ludibriar o povo.
Outros resumem a data como oportuna para um retornar às suas bases. Expressão usual dos políticos, assim, dizem do encontro marcado para rever parentes, considerando que o melhor da festa é o papo com amigos nos locais de votação e a até mesmo votar em algum candidato que consiga passar pelo crivo do exame “do menos pior” estes ganharão o voto do eleitor. Este desconsolado.
Vez ou outra o alvo preferencial dos candidatos, o eleitor, que já cansado de ficar exposto como aquele pato do tiro-ao-alvo nos parques de diversões, vai à forra e empunha seu voto transformando-o em uma arma poderosa contra o sistema. Em algumas vezes o eleitor com seu instinto de vingança já fez loucuras votando em algum ícone que represente um voto do inconformismo e da rebeldia. No entanto, acaba fazendo de si próprio uma vítima, porque o único momento que o eleitor tem vez é quando ele tem na mão o voto.
Em vários momentos a loucura do voto rebelde já consagrou o macaco Tião do zoológico do Rio de Janeiro, o hipopótamo Cacareco, o Leão e outros bichos. Agora mesmo, o eleitor mandou um novo aviso aos candidatos da extrema direita, da extrema esquerda e do centro do centrão e também daqueles que ficam em cima do muro.
Ao votar no palhaço Tiririca, mais que o voto rebelde, foi a demonstração que o humorista pode ser melhor que a maioria dos outros candidatos, pois o voto rebelde precisa de motivação e este descompromisso dos atuais deputados estaduais, federais e senadores para com o país e seu povo não tem faltado de Norte ao Sul do país e este eleitor “ o indignado” dá o troco sem perceber ou mesmo percebendo que o voto rebelde é simplesmente a reafirmação de que não restam muitas opções naquela que seria realmente a grande festa da cidadania.
Desta forma como se pode afirmar que o pleno direito se contrapõe á obrigação de votar, ainda mais, quando em dose dupla (dois turnos). Então, responda você. - É a eleição a grande festa da cidadania?
05 de outubro de 2010.