O SANGUE FALOU MAIS ALTO

Nesses últimos dias o Brasil recebeu a visita ilustre do Presidente americano, BARAK OBAMA e sua portentosa comitiva, cujas estrelas mais fulgurantes foram, além dele, sem dúvida, a sua simpática esposa Michelle Obama e suas filhas Malia e Sasha.

Nunca se viu por estas terras tupiniquins um aparato tão extraordinário como aquele, carros blindados, policiais, agentes secretos, helicópteros militares, aviões cargueiros monumentais, o avião presidencial (Air Force One) e o outro reserva, enfim, coisa de louco, ou por outra, coisa de país rico mesmo, na mais sublime semântica do vocábulo, como diria o poeta!...

OBAMA, elegante e simpático como sempre, quebrou vários protocolos e sentiu-se à vontade, apesar da grande preocupação da sua segurança, pois o doidão do KADAFI estava aprontando lá na Líbia e todo cuidado era pouco, mesmo aqui no Brasil. Afinal, nunca se sabe ao certo o que se passa por uma mente doentia e diabólica como aquela do ditador líbio.

Cerimônias e protocolos à parte, destacou-se a primeira dama americana pela elegância, simplicidade e naturalidade, dando um show de comportamento, falando às pessoas sempre à vontade, olhando nos olhos e sorrindo aos jornalistas que cobriam as suas visitas.

Mas uma cena chamou-me a atenção mais que todas as outras. Foi durante a exibição dum grupo de mulheres brasileiras, tocando tambores e fazendo algumas pequenas evoluções com os instrumentos. A primeira dama, Michelle, tomava assento numa cadeira frontal, ao lado das duas filhas e acompanhava com grande interesse o número das moças batuqueiras. O ritmo quente do batuque animava a todos e, de repente, notei que Michelle Obama acompanhava a demonstração batendo palmas, sorrindo e meneando a cabeça no ritmo da música.

Estavam ali, bem à nossa frente, as tímidas manifestações que a mulher do Presidente Obama, a excepcional Michelle nos mostrava naturalmente, atestando de maneira clara e insofismável os laços do sangue negro que corre em suas veias, bem como da maioria do povo brasileiro! ...

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B.Hte., 24/03/11

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 24/03/2011
Reeditado em 24/03/2011
Código do texto: T2867866
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