É sopa!
Constatei de perto que as pessoas ficam louquinhas para desconversar quando o assunto é a morte. Passei recentemente por um procedimento cirúrgico, de risco, como qualquer cirurgia e as amigas atalhavam qualquer conversa neste sentido. Ouvi muito: “Não vai ser nada!”. “Logo estarás boazinha”. “Vaso ruim não se quebra”...
É sopa!... Assim, alguém para me ouvir não havia, em compensação, ganhei tanto caldinho! E visita? Quanta visita no hospital, onde fiquei apenas dois dias. Isto sem falar nas enfermeiras que não me deixavam dormir, toda hora com um remedinho. E pensar que paguei tão caro pela anestesia!... Brincadeiras a parte, fui muito bem cuidada pela equipe da Santa Casa, até recebi do último enfermeiro como comentário de despedida: “Foi um prazer!”. Pois sim!
Agora, na fase de convalescência, resolvi aprender a cozinhar. Na verdade, esta resolução é antiga, da época da faculdade, quando falei para uma amiga da minha pretensão de fazer um curso de culinária internacional. Ela também gostou da ideia e ligou para pedir informações. Desistimos diante dos vários requisitos e do tempo de dedicação. Não era brincadeira! Agora, mais modesta, retomo o aprendizado a partir da sopa. Ainda assim, uma sopa muito utilizada na cozinha francesa, sopa de alho-poró.
O primeiro passo foi diferenciar, no balcão de legumes do supermercado, o aipo da tal cebola metida a besta. Depois, o susto pelo preço! Comprei um terço da quantidade necessária à receita. Lava-lava-lava. Separa folha do talo. Lava-lava-lava. Corta-corta-corta... Hora de pôr a ferver numa panela, baixar o fogo e deixar ali por vinte minutos, após cinquenta horas lavando e cortando. Quando experimentei, totalmente insosso! A francesa do livro não falou em sal. Se alguém quiser a receita, não se preocupe com o hálito, a sopa fica saborosamente sem graça e sem cheiro, mas dizem que emagrece... Bona Petit!
Imagem: myspace.com
Constatei de perto que as pessoas ficam louquinhas para desconversar quando o assunto é a morte. Passei recentemente por um procedimento cirúrgico, de risco, como qualquer cirurgia e as amigas atalhavam qualquer conversa neste sentido. Ouvi muito: “Não vai ser nada!”. “Logo estarás boazinha”. “Vaso ruim não se quebra”...
É sopa!... Assim, alguém para me ouvir não havia, em compensação, ganhei tanto caldinho! E visita? Quanta visita no hospital, onde fiquei apenas dois dias. Isto sem falar nas enfermeiras que não me deixavam dormir, toda hora com um remedinho. E pensar que paguei tão caro pela anestesia!... Brincadeiras a parte, fui muito bem cuidada pela equipe da Santa Casa, até recebi do último enfermeiro como comentário de despedida: “Foi um prazer!”. Pois sim!
Agora, na fase de convalescência, resolvi aprender a cozinhar. Na verdade, esta resolução é antiga, da época da faculdade, quando falei para uma amiga da minha pretensão de fazer um curso de culinária internacional. Ela também gostou da ideia e ligou para pedir informações. Desistimos diante dos vários requisitos e do tempo de dedicação. Não era brincadeira! Agora, mais modesta, retomo o aprendizado a partir da sopa. Ainda assim, uma sopa muito utilizada na cozinha francesa, sopa de alho-poró.
O primeiro passo foi diferenciar, no balcão de legumes do supermercado, o aipo da tal cebola metida a besta. Depois, o susto pelo preço! Comprei um terço da quantidade necessária à receita. Lava-lava-lava. Separa folha do talo. Lava-lava-lava. Corta-corta-corta... Hora de pôr a ferver numa panela, baixar o fogo e deixar ali por vinte minutos, após cinquenta horas lavando e cortando. Quando experimentei, totalmente insosso! A francesa do livro não falou em sal. Se alguém quiser a receita, não se preocupe com o hálito, a sopa fica saborosamente sem graça e sem cheiro, mas dizem que emagrece... Bona Petit!
Imagem: myspace.com