PARA OS AMIGOS.

Há algo de bem interessante nas pessoas que conhecemos. Primeiro, por algum motivo, essas pessoas entraram em nossas vidas, sem importar-se com os jeitos, estilos e outras situações estranhas. Devido ao ato de viver, elas sorriram e através dos passos e falas, "conversas jogadas fora" ( que nunca deve ser levado ao pé da letra ) nos aproximamos. E no começo, tudo é novo, misterioso, temos até um certo de medo de conversar e falar demais...(as conversas nunca são jogadas no lixo). Com o tempo, conhecemos o guardarroupas da pessoa, cada camisa, blusa, sapato...com o tempo, conhecemos o estilo e aquilo que os deixam confortáveis. E daí, com o passar dos dias, meses e, anos, nos melhores dos casos, lembramos de cada singular peça de roupa. Daí comentamos: "Está com frio frio hoje, não?" ou "Não está nem aí para os outros."

Há algo de especial em quem conhecemos, segundo porque o velho sempre se renova. Porque sentimos saudade e sempre, em algum momento, por mais bobo que seja, nos lembramos: "Nossa, quanto tempo que não vejo tal pessoa..." E nesse devaneio dentro dos nossos conturbados e corridos dias, nós arrumamos tempo para um telefonema, uma visita, e no mais moderno dos contatos, um e-mail ou mensagem. Mas convenhamos, a graça está em sair na sexta, sábado, domingo, segunda...por que não? E desfrutar de uma boa cerveja e de uma bela companhia, pois tudo no mundo se renova, "recriace", e daí, é como uma bela noite com estrelas e lua ou um dia de céu azul e sol fraquinho, mas tão morno, quentinho como chocolate quente, que relembramos que estamos vivos. E que somos humanos, porque decidimos sentir.

Há algo de especial em quem conhecemos, porque de uma forma muito legal, nos sentimos em casa. Como naqueles almoços de domingo com a familia. Sorrimos, brincamos e até discutimos uma vez ou outra, mas o mais importante é que nos acertamos depois. Hoje, ao voltar para casa, estava num ônibus cheio de pessoas que conheço. E me toquei de todas as vezes que andei num ônibus, metrô, trem com pessoas que jamais vi. E me senti. Pois ali, conhecia sorrisos, roupas, sentimentos, personalidades e de alguma forma, me senti em casa. E não há nada melhor no mundo do que sentir-se em casa. Longe dos problemas, estresses da vida, sentir-se seguro e confortável, onde o mal não pode lhe ocultar. Claro, penso nas pessoas que ainda vivem em busca de um lar que nunca tiveram e para elas digo: SEMPRE HÁ DE VIR. SEMPRE. Não importa a religião que você tenha, o emprego, a filosofia, sempre saiba que em algum momento, a felicidade vai sorrir pra você, e se já sorri, meu amigo, seja feliz!

Há algo de especial em quem conhecemos, pois eles vão para sempre, escrever contigo páginas de sua vida e a vida é curta demais para escrever sozinho.

Aos meus amigos.

Sérgio.

Sérgio Siverly
Enviado por Sérgio Siverly em 24/03/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2867158
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