FAZENDO XIXI EM PÚBLICO - SANTA NECESSIDADE - ÀS VEZES

Quatro senhoras estavam aguardando condução bem de frente a uma escola municipal do Bairro Céu Azul, em Belo Horizonte.

Uma delas, havia se levantado do banco de espera e veio para o meu lado. Eu estava posicionado do lado esquerdo de uma porta de correr, metálica, de um comércio. Essa porta ficava aproximadamente a uns 20cm do chão na parte mais baixa e a uns 30cm da parte mais alta. A rua era um pouco íngrime.

A senhora chegou e me disse o seguinte:

_ Meu senhor! Estou querendo fazer xixi e vou fazer aqui mesmo!

_ Por que a senhora não pede à atendente dessa sorveteria para usar o sanitário do comércio? Indaguei-a

_ Ela não permitu, não!

_ E o Salão de Beleza?

_ Também, não !

_ Quase na esquina há aquele botequim.

_ Não deixou, não! Vou fazer aqui mesmo, viu?

Sem que eu falasse mais nada, a dona assentou-se na extremidade mais alta da base da porta – bem na beirada. Ergueu-se um pouco, abaixou as calças e deixou o xixi escorrer pela calçada, sem que a molhasse devido a posição em que ficara.

Uma menina cutucou a sua mãe para mostrar-lhe a cena e essa, deu-lhe algumas sacudidelas, exigindo que desviasse o seu olhar.

A mim, ficou a mais digna impressão daquela senhora que, antes de consumar o fato, preocupou-se comigo, por ser um senhor, que estava próximo a ela. Que magnífica demonstração de integridade moral aquela senhora me passou; e, por outro lado, aquelas pessoas representantes dos comércios que negaram a ela seus banheiros …

E, já que estamos dedicando essas linhas ao melô do xixi, lembro-me quando criança de dona Dica, auxiliar de minha mãe nas horas do resguardo, que punha uma bacia com roupas lavadas na cabeça e caminhava até o quaradouro, no quintal. Se avontade apertava, Dona Dica, simplesmente abria suas pernas e fazia ali mesmo, em pé, sua necessidade. E a calcinha? Era muita humildade para pouca proteção. A poça, no chão, era a evidência do acontecimento.

Futebol no Mineirão? Que coisa boa! Cervejinha durante o jogo? Era o que melhor acompanhava. Ao término de uma partida, dirigindo-me para o meu carro no estacionamento inclinado e cheio de árvores, ouvi de duas garotas, o seguinte:

_ Moço! Me perdoe, mas se eu for dirigir com a bexiga cheia, tal como está, farei xixi nas calças. Não repare não, mas está quase saindo.

A moça que me falou, abaixou o short, com a calcinha, e deu vazão à sua vontade, para sorrisos de sua colega, que disse-me:

_ Não repare mesmo, essa doida não, viu moço! Ela vai tomando cerveja, parecendo que não tem fundo!

_ Ah! Fundo tem! … e que fundo! Respondi-lhe brincando.

Parei de abrir a porta do meu carro e olhei para cima e vi as duas; uma de pé e a outra de cócoras – que bela vista!

Confesso que não resisti, pois a grossura das coxas delas já havia-me chamado a atenção e não resisti:

_ Você está pedindo-me para não reparar, não é? Mas olhar, eu posso? Afinal, é como achar um cantil derramando água no deserto.

Ah! Meu Deus e que cantil!

Brincadeiras a parte, mas não poderia me furtar deste momento.